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ENGENHARIA CLÍNICA – CRISES E OPORTUNIDADES
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ENGENHARIA CLÍNICA – CRISES E OPORTUNIDADES

GERALMENTE, TODA CRISE É UMA OPORTUNIDADE!  Esse é o nosso pensamento.

 

Deixando de lado “ idealismos e crenças”  e respondendo a vários e-mail,  vou colocar um material sobre ENGENHARIA CLÍNICA, porém este e-mail vai em cópia ao nosso Conselheiro Consultor André Luiz Evangelho Lopes da Anenge Consultoria e Engenharia Ltda. (www.anenge.com.br / Escritório – 2456 2016 / Celular- 8128 4484) que é o responsável por esse segmento na CMQV para dar o “alvará” necessário às minhas considerações.

 

É preconizado : A criação de departamentos de engenharia clínica nos grandes centros médicos e hospitais a partir de 300 leitos.

 

Quanto a menção da LEI, passo para nosso Conselheiro, engenheiro Clínico André pois não conheço essa referida lei específica.

 

Na realidade, as equipes médicas, de engenharia e segurança = SESMT, não apenas em hospitais, são padronizadas de acordo com as leis do Ministério do Trabalho e do Ministério da Saúde (NR 4) – essa equipe, é voltada a procedimentos que visam a saúde do profissional.

 

Essa equipe tem, no engenheiro a responsabilidade de , em conjunto  com a CIPA, CCIH, CVS, e outras comissões, elabora o mapa de risco e o PPRA do hospital que trará subsídios ao médico do trabalho (também do SESMT) a elaboração do PCMSO, do PPP e de outros paramentos necessários à saúde dos profissionais – tudo isso preconizado na NR32 (NR7, NR 9, NR17)

 

No caso da engenharia clínica – a responsabilidade é voltada a qualidade dos equipamentos

 

O engenheiro clínico é responsável, como o próprio nome sugere, às atribuições que envolvem a engenharia com base no aspecto clínico.

 

Dentro dos estabelecimentos de saúde, o engenheiro clínico é responsável pelas tecnologias de saúde e por tudo que a elas se refere

 

Isso, evidentemente, vai depender da complexidade oferecida pelo hospital.

 

Sempre utilizo como exemplo, a importância do ENGENHEIRO CLÍNICO no planejamento de uma cabine para a manipulação dos quimioterápicos.

 

O quimioterápico causa sérios problemas à saúde de quem manipulação esse material e, como fazer para proteger esse profissional? Uma das ferramentas é a obrigatoriedade de uma CABINE. Como projetar e adequar essa cabine?

 

Isso é APENAS uma questão.

 

Outra área de grande atuação, está voltada aos procedimentos ligados a manutenção dos equipamentos.

 

A engenharia clínica foi um dos aspectos-chave da qualificação da assistência médica através da criação de novas tecnologias ou da melhoria das tecnologias já existentes.

 

A engenharia clínica pode ser compreendida através da definição da função do profissional que a exerce.

 

Conforme definição do American College of ClinicalEngineering (ACCE), “O ENGENHEIRO CLÍNICO é aquele profissional que aplica e desenvolve os conhecimentos de engenharia e práticas gerenciais às tecnologias de saúde, para proporcionar uma melhoria nos cuidados dispensados ao paciente.”

 

A maioria dos hospitais do nosso sistema de saúde possui apenas um engenheiroelétrico, ou um engenheiro civil, ou mesmo um arquiteto, para cuidar das instalaçõesfísicas ou prediais do hospital. E as tecnologias de saúde, os equipamentos médicos,bem como a resolução de problemas gerenciais relativos aos equipamentos, de quem é essa responsabilidade?

 

No Brasil, esse profissional surgiu há pouco tempo, o que nos proporcionou um atraso de aproximadamente 30 anos, em relação aos EUA e à Europa.

 

Sendo assim, nota-se o grande espectro potencial do trabalho desse “novo” profissional no sistema de saúde brasileiro.Nos países europeus e na América do Norte, essa atividade iniciou-se principalmente pela necessidade de segurança no uso da tecnologia, em especial a segurança elétrica,com a finalidade de prevenir queimaduras e choques elétricos fatais. Em nosso país, a engenharia clínica introduziu-se pressionada pelo aspecto financeiro, face ao elevado custo de manutenção dos equipamentos e seus acessórios.

 

O descontrole do custo dessa manutenção, a baixa qualidade técnica da mão-de-obra,decorrente da insuficiência de profissionais capacitados, e a falta de uma política clara para o setor, foram os fatores que dificultaram a introdução da engenharia clínica no Brasil.

 

O problema da qualificação técnica só pode ser resolvido com educação adequada.

 

Os Ministérios da Educação e da Saúde uniram-se e começaram a oferecer cursos de engenharia clínica, no nível de pós-graduação, em algumas universidades brasileiras, objetivando melhorar a qualificação técnica da área e criar os serviços de engenharia clínica nos hospitais.

 

Formalmente, o mercado de engenharia clínica ainda é muito incipiente no Brasil. As primeiras iniciativas de engenharia clínica surgiram em meados dos anos 80, com achegada ao mercado de profissionais oriundos de centros de formação acadêmica(COPPE/UFRJ, UNICAMP, USP, dentre outras) que estabeleceram as primeiras empresas voltadas para essa área, ou que foram contratados por hospitais de visão moderna.

 

Até então, esse mercado era totalmente dominado por empresas de representação técnica que apenas prestavam serviços de manutenção que nem sempre atendiam seus clientes com o esperado padrão de qualidade. Hoje, constatamos que essa situação permanece a mesma.

 

O problema para superar a grande barreira de se ter um serviço de engenharia clínica está na baixa consciência das contribuições econômico-financeiras que uma gestão de tecnologia apropriada pode trazer ao ambiente hospitalar.

 

Mesmo em instituições de saúde que já possuem uma equipe de engenharia clínica, muitas vezes, estas restringem-se somente a questões eminentemente técnicas, envolvendo-se muito pouco com questões financeiras, tais como, tempo de máquina parada ou lucro cessante,distribuição de custos por setor, dentre outras.

 

Basicamente, não existem dados oficiais no mercado nacional que possam ser utilizadas como fonte de informação formal para a apresentação de um quadro atual da ímplantação da engenharia clínica no Brasil. Dentre os mais de 6.000 hospitais brasileiros, podem-se encontrar serviços de engenharia clínica em alguns hospitais universitários, em hospitais privados de maior complexidade e em alguns institutos especializados. Ainda que boa parte desses hospitais seja de pequeno e médio porte, existe uma clara defasagem entre o número de serviços de engenharia clínica existentes e a capacidade hospitalar instalada com base  tecnológica.

 

Administrar esse “parque tecnológico da saúde” em um ambiente atual de intensa competição e regulação, de ampliação dos direitos dos usuários quanto à qualidade dos serviços médicos prestados e de constantes progressos no desenvolvimento de novos equipamentos confere à engenharia clínica uma função absolutamente relevante e estratégica no desempenho global de uma unidade hospitalar.

 

Por isso, a presença de engenheiros clínicos e profissionais de nível técnico dentro do ambiente hospitalar tornou-se imprescindível, em especial, para acompanhar mais de perto os custos e a qualidade da manutenção dos equipamentos.

 

Uma das soluções encontradas, por algumas instituições hospitalares brasileiras, para implantar esse serviço, foi a contratação de empresas especializadas em engenharia clínica. São empresas especializadas na gestão das tecnologias de saúde, com experiência na elaboração de padrões e fluxos operacionais, de forma a dotar o hospital com as ferramentas necessárias a uma gestão do parque de equipamentos biomédicos,de maneira acessível e transparente para usuários, operadores e gestores.

 

Essas empresas também possuem um corpo de profissionais de nível técnico, com treinamento especializado, o que vem sanar o problema do desconhecimento técnico causado pela rápida evolução tecnológica. Deve-se ter apenas o cuidado relativo à ética de mercado, pois, em função da carência técnica nessa área, algumas empresas representantes comerciais que sabem consertar osequipamentos começam a migrar para dentro do hospital, dizendo fazer engenhariaclínica.

 

É muito comum ver a mesma pessoa ou empresa desempenhando ambas asf unções, porém, não é aconselhável utilizar empresas que trabalhem nas duas pontas do mercado, ou seja, fornecedores de produtos e/ou serviços que atuam também como consultores dos compradores desses mesmos produtos e/ou serviços.  Outra solução seria a constituição de um serviço próprio de engenharia clínica onde os profissionais são contratados diretamente pelos hospitais. Em geral, isso acontece em hospitais que se beneficiam de estatutos específicos que permitem tal contratação. Porém, sua implantação é mais demorada, face à complexidade desse trabalho e à carência de profissionais no mercado. A maioria dos hospitais que se enquadram nessa opção é composta de hospitais privados com elevado poder de investimento e custeio,que lhes confere um posicionamento de força junto ao mercado fornecedor de equipamentos.

 

Devido à carência deste tipo de profissional, o trabalho do engenheiro clínico deveria ser focado no gerenciamento do equipamento e não na execução da manutenção, empregando a inteligência para inicialmente planejar e organizar o setor e,em um segundo momento, partir para a execução da manutenção técnica interna, que éo problema mais evidente para alguns administradores.

 

ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ENGENHARIA CLÍNICA

 

Dentro do estabelecimento de saúde, as áreas que possuem relacionamento MULTIDISCIPLINAR com o pessoal do serviço de engenharia clínica

 

Essa rede de contatos exige que o engenheiro clínico possua outras habilidades, além do conhecimento técnico.

 

Algumas atuações do engenheiro clínico dentro da instituição de saúde:

 

¡ Controlar o patrimônio dos equipamentos médico-hospitalares e seus componentes;

 

¡ Auxiliar na aquisição e realizar a aceitação das novas tecnologias;

 

¡ Treinar pessoal para manutenção (técnicos) e operação dos equipamentos(operadores);

 

¡ Indicar, elaborar e controlar os contratos de manutenção preventiva/corretiva;

 

¡ Executar a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos médico-hospitalares,no âmbito da instituição;

 

¡ Controlar e acompanhar os serviços de manutenção executados por empresasexternas;

 

¡ Estabelecer medidas de controle e segurança do ambiente hospitalar, no que se refereaos equipamentos médico-hospitalares;

 

¡ Elaborar projetos de novos equipamentos, ou modificar os existentes, de acordo comas normas vigentes (pesquisa);

 

¡ Estabelecer rotinas para aumentar a vida útil dos equipamentos médico-hospitalares;

 

¡ Auxiliar nos projetos de informatização, relacionados aos equipamentos médico-hospitalares;

 

¡ Implantar e controlar a QUALIDADE dos equipamentos de medição, inspeção e ensaios, ítem 4.11 da ISO-9002, referente aos equipamentos médico-hospitalares;

 

¡ Calibrar e ajustar os equipamentos médico-hospitalares, de acordo com padrões reconhecidos;

 

¡ Efetuar a avaliação da obsolescência dos equipamentos médico-hospitalares, entre outros;

 

¡ Apresentar relatórios de produtividade de todos os aspectos envolvidos com a gerência e com a manutenção dos equipamentos médico-hospitalares – conhecidos como indicadores de qualidade e/ou produção.

 

MUITO IMPORTANTE: (INDICADORES DE MANUTENÇÃO E QUALIDADE)

 

Custo de manutenção versus valor do equipamento

 

Este indicador tem como objetivo principal saber qual o percentual máximo ideal a ser gasto com a manutenção de um equipamento em relação ao seu valor de aquisição.

 

Desta maneira, pode-se saber qual o melhor momento de se realizar novas aquisições.

 

A vantagem deste indicador é que leva em consideração todos os custos e permite comparar uma grande variedade de equipamentos.

 

Reparos repetidos – É o número de reparos efetuados em um determinado equipamento, em um curto período de dias especificado.

 

Este indicador é uma boa ferramenta para identificar equipamentos que apresentam problemas crônicos. Além disso, ajuda a identificar técnicos e operadores que necessitam de treinamento adicional.

 

Tempo médio de retorno – Este indicador mostra o tempo médio, em dias, que os equipamentos levam para retornar à operação normal após uma manutenção. É útil para mostrar a eficiência deu ma estrutura de EC (engenharia clínica)..
Número de ordens de serviço por setor do hospital – É definido como o número total de ordens de serviço abertas para cada setor do hospital. Este indicador mostra claramente a demanda de serviço de cada setor do hospital. Deste modo, fica mais fácil definir a equipe de trabalho de uma estrutura de EC.

 

·   Horas produtivas por horas disponíveis – É o tempo efetivo de trabalho das equipes dos Serviços de Engenharia Clínica. A vantagem deste indicador é que ele mostra se as equipes estão documentando seus tempos no trabalho

 

·   Custo diário de um leito parado – Este indicador é útil para ser utilizado em setores mais importantes como a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e está relacionado com equipamentos de suporte à vida. Há muitos outros indicadores que comprovam a necessidade da REAL ENGENHARIA CLÍNICA EM UM HOSPITAL, INDEPENDENTE DE SUA COMPLEXIDADE

 

Célia Wada – Coordenação CMQV

 

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