A vacina utilizada no país é produzida por Bio-Manguinhos a partir do concentrado viral monovalente (bulk) importado, segundo as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS). São utilizadas as cepas de vírus atenuados Sabin tipos 1 e 3, propagadas em cultivo de célula diplóide humana (MRC5). A vacina tem especial importância para o Programa Nacional de Imunizações no que se refere à erradicação da poliomielite.
A doença já foi de alta incidência no país, deixando centenas de deficientes físicos por ano. Hoje, encontra-se erradicada no Brasil em virtude das ações de imunização e vigilância epidemiológica desenvolvidas de 1980 até 1994, quando o país recebeu o “Certificado de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem nas Américas”. A partir de então, há o compromisso de manter altas coberturas vacinais, de forma homogênea, além de uma vigilância epidemiológica ativa capaz de identificar imediatamente a reintrodução do Poliovírus, e adotar medidas de controle capazes de impedir a sua disseminação.
A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.
referência – BIOMANGUINHOS
POLIO
Sintomas
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe – febre e dor de garganta – ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.