Butantan e La. Saint-Herblan vão desenvolver vacina contra Chikungunya

Butantan e La. Saint-Herblan vão desenvolver vacina contra Chikungunya

O Instituto Butantan fechou uma parceria com a empresa farmacêutica francesa Valneva para a produção de uma vacina de dose única contra a chikungunya.

O acordo prevê o desenvolvimento, fabricação e comercialização de uma substância imunizante, em dose única. Em cerca de seis meses, a companhia europeia, com sede em Saint-Herblain, deverá transferir sua tecnologia para a instituição, localizada no Estado de São Paulo.

Em contrapartida, o Butantan fornecerá à farmacêutica informações sobre a fase 4 de ensaios clínicos da vacina. O acordo inclui ainda pagamentos de royalties sobre a comercialização e por marcos da elaboração do produto pelo Instituto.

De acordo com informação divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), a vacina, que já começou a ser desenvolvida pela Valneva, finalizou a fase 2 de ensaios clínicos nos Estados Unidos, em fevereiro de 2020. Atualmente, a substância imunizante está sendo preparada para iniciar a etapa 3, que deverá acontecer no fim desse ano.

Ao final dessa última etapa, o Butantan poderá realizar a fase 4 dos estudos clínicos em áreas endêmicas no território nacional. Em seguida, o órgão deverá compartilhar as informações obtidas com a farmacêutica europeia.

Para o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, o desenvolvimento da vacina é de extrema importância: “O ônus da doença pelo vírus chikungunya reside não apenas nas duas milhões de mortes em todo o mundo desde 2005, mas também na cronificação de seus sintomas, que constituem um problema de saúde em longo prazo. Ao enfrentar o desafio de desenvolver, fabricar e comercializar a vacina contra a chikungunya, da Valneva, o Butantan reforçará ainda mais seu compromisso com a melhoria da saúde pública em países em desenvolvimento”, afirmou ele, em comunicado à imprensa.

Segundo a SES-SP, a futura vacina, que ainda está em fase de testes, será desenvolvida para imunização profilática, ativa e de dose única contra a chikungunya em humanos, que tenham mais de um ano de idade. A substância imunizante visa à proteção duradoura, funcionando de maneira semelhante às vacinas licenciadas para imunização ativa em adultos e crianças.

A iniciativa de desenvolvimento da vacina visa à imunização de uma população alvo, constituída por viajantes, militares e indivíduos que vivem em situação de vulnerabilidade, ou seja, que estão concentrados em regiões com mais casos da doença.

Nesse sentido, o CEO da Valneva, Thomas Lingelbach, explica que alguns países que ainda não estão completamente desenvolvidos são mais suscetíveis à doença, que é transmitida por picadas do Aedes Aegypti ou carrapatos.

“Embora milhões de pessoas tenham sido afetadas pela chikungunya, atualmente, não há vacina nem tratamento eficaz disponível contra esta doença debilitante. Esperamos ansiosamente trabalhar com o Instituto Butantan para ajudar a enfrentar essa atual crise de saúde pública e acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra a chikungunya nos países em desenvolvimento, que são áreas de alto surto”, explica o executivo, em comunicado à imprensa.

CMQV – imprensa

Enviado por Dra. Célia Wada

POR WANDY RIBEIRO. POSTADO EM INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Notícia veiculada no portal de referência – ICTQ 

 

Um comentário

  1. Nerivaldo

    Eu quero saber quando ela vai começar a circular no Brasil pois adquiri essa chikungunya e não consigo trabalhar com tanta dores nas articulações e também se os nossos governantes vão contribuir para isso por favor 🙏 corram contra o tempo pois essa vacina vai ser muito importante para o Brasil

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