A importância da prevenção e do diagnóstico precoce para a cura do câncer de mama

A importância da prevenção e do diagnóstico precoce para a cura do câncer de mama

O Outubro Rosa é um movimento internacional de mobilização contra o câncer de mama que surgiu em 1997 nos Estados Unidos. Desde então, são realizadas ações no mundo inteiro com o objetivo de conscientizar as pessoas em relação à prevenção do câncer de mama pelo diagnóstico precoce e o tratamento imediato, evitando a morte pela doença.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum e uma das principais causas de morte em mulheres e esse quadro pode ser mudado.

Vamos trazer alguns esclareimentos sobre o tema.

Nossa preocupação está muito voltada à conscientização e a informação sobre a importância do diagnóstico precoce dessa patologia. A detecção imediata da doença é um grande fator para a obtenção da cura.

A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 13,22 óbitos/100.000 mulheres em 2017. Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, no período 2011-2015, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 15,7% do total de óbitos.

Ainda não temos a estatística de 2018.

A cada ano, aproximadamente 60 mil brasileiras são diagnosticadas com câncer de mama. A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia.

Ponto alto de nossa preocupação e alerta:

Apesar de existir uma maior propensão ao desenvolvimento da doença entre mulheres com mais de 50 anos, o aumento na incidência de câncer de mama entre mulheres mais jovens nos últimos anos é bastante significativo e tem chamado a atenção. No Brasil, em mulheres com menos de 35 anos, a incidência hoje está entre 4% e 5% dos casos, faixa etária em que historicamente apenas 2% dos casos eram observados.

Este fenômeno está sendo observado não apenas no Brasil, mas também em vários outros países, em fase de desenvolvimento. Aspectos associados aos fatores de risco, como relação com estilo de vida, uso de anticoncepcionais precocemente, puberdade precoce, stress entre outros, podem estar influenciando esta mudança de aparecimento de tumores de mama em mulheres mais jovens. Não temos experimentos ou acompanhamentos que possam nos dar uma estatística mais real, porém, essa observação está sendo feita em nossa prática diária.

Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental.  Se esses casos forem detectados imediatamente, a possibilidade de cura é muito grande.

Com um simples exame pessoal, fazendo parte de uma rotina, a detecção de um pequeno nódulo pode ser um grande sinal de alerta!

Lembrando – um simples toque pode salvar sua vida!

Explicando o câncer de mama

O que é o câncer de mama

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. É um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos.

Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor. 

Essa heterogeneidade desse câncer pode ser observada pelas variadas manifestações clínicas e morfológicas, diferentes assinaturas genéticas e consequentes diferenças nas respostas terapêuticas.

O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%. 

Para 2018, são esperados 59.700 casos novos de câncer de mama no Brasil. Excluído o câncer de pele não melanoma, é o mais frequente nas mulheres das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. 

Sintomatologia

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

Incidência

O câncer de mama é o mais incidente em mulheres, excetuando-se os casos de pele não melanoma, representando 24,2% do total de casos de câncer femininos no mundo em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos naquele ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. Para o ano de 2019 foram estimados 59.700 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 56,33 casos por 100.000 mulheres.

Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, no período 2011-2015, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 15,7% do total de óbitos. Esse padrão é semelhante para as regiões brasileiras, com exceção da região Norte, onde os óbitos por câncer de mama ocupam o segundo lugar, com 12,5%. Os maiores percentuais na mortalidade proporcional por câncer de mama foram os do Sudeste (16,5%) e Centro-Oeste (16,1%), seguidos pelos Sul (15,2%) e Nordeste (14,8%).

NOSSO ALERTA!

Mesmo com toda a divulgação na mídia, especialmente no Outubro Rosa, sobre a importância de realização do exame de mamografia, dados alarmantes foram divulgados em 2017 pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia. O percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres da faixa etária entre 50 e 69 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o menor dos últimos cinco anos. Eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

LEIA A NOTÍCIA NA ÍNTEGRA

 

Não podemos evitar o Câncer de Mama mas podemos evitar que se morra por ele.

A detecção precoce pode salvar muitas vidas.

Conheça o projeto Pirâmide Rosa, faça parte e salve vidas!

Célia Wada

 

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