METAIS PESADOS – MERCURIO – PARTE 4 – TERATOGENICIDADE E BIBLIOGRAFIA

METAIS PESADOS – MERCURIO – PARTE 4 – TERATOGENICIDADE E BIBLIOGRAFIA

TERATOGENICIDADE E EFEITOS DO MERCÚRIO SOBRE A REPRODUÇÃO

O mercúrio e reconhecidamente um agente teratogênico.

metilmercurio da mãe e transferido para a placenta e transportada para o feto, no entanto, o mercúrio inorgânico tem uma menor capacidade de atravessar a barreira placentária, sendo encontrado em maior quantidade no liquido amniótico.

O mercúrio inorgânico e também transportado pelo leite materno.

Estes compostos de mercúrio, principalmente os orgânicos, causam sérios danos ao feto em desenvolvimento, principalmente a nível neurológico.

A exposição pré-natal a compostos de mercúrio orgânico, principalmente após desastres industriais, levou a defeitos no desenvolvimento cerebral que eram mais intensos a medida que a exposição era mais elevada.

Mulheres sem sinais clínicos de contaminação tiveram filhos com paralisia cerebral severa e microcefalia. O mercúrio poderia influenciar o status hormonal (o eixo hipofisehipotalamo), podendo causar um ciclo menstrual irregular, menos ovulações, além dos efeitos teratogênico acima mencionados.

GENOTOXICIDADE DO MERCÚRIO

Os testes genotóxicos detectam mutações, tanto a nível cromossômico quanto a nível gênico. Tais mutações são responsáveis pelo surgimento de cânceres e doenças hereditárias; assim, a utilização de tais técnicas para a avaliação e a quantificação destes eventos em células humanas expostas ao mercúrio e de grande importância para a compreensão dos efeitos deste metal, ao nível de DNA, e suas conseqüências para a saúde humana.

Outros estudos indicam, claramente, que a ação tóxica do Hg sobre o aparelho cardiovascular é de natureza complexa, envolvendo fatores diversos. Algumas das ações do metal, se consideradas isoladamente, até mesmo antagonizariam a redução da PA. Entretanto, os Estudos permitem-nos concluir que os efeitos tóxicos agudos do Hg sobre o aparelho cardiovascular (inotropismo negativo, efeito arritmogênico e queda da PA) são intensos e podem ser responsabilizados por óbitos de pacientes intoxicados agudamente;

Nosso grupo está elaborando protocolos com o propósito de mapear as atividades e os pontos de possíveis exposições ao Mercurio uma vez que é grande o número de patologias sem evidência comprovada do agente etiológico mas que tem grande risco de serem respostas a exposições pelo Mercurio.

Temos uma longa jornada pela frente e aceitamos colaboradores.

Célia Wada

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