REDE D’OR INVESTIRÁ R$ 3,5 BI EM HOSPITAIS COM CENTRO PARA CÂNCER

REDE D’OR INVESTIRÁ R$ 3,5 BI EM HOSPITAIS COM CENTRO PARA CÂNCER

Empresa destinará R$ 1 bilhão para aquisições em São Luís, Salvador e no Rio

A Rede D’Or São Luiz investirá R$ 3,5 bilhões até o final deste ano em várias áreas, mas dará prioridade à oncologia.

Desse total, R$ 1,5 bilhão será destinado ao crescimento orgânico da rede.

Depois de ter aberto em fevereiro em São Paulo uma sofisticada clínica, a OncoStar, o grupo acaba de inaugurar o laboratório de anatomia patológica, com capacidade para 7.000 exames ao mês.

“Investimos na patologia mais moderna que é a molecular, em pessoal, para que esse laboratório atenda com a mesma eficiência outros hospitais, inclusive em outros estados”, diz Paulo Hoff, presidente do Grupo Oncologia D’Or, da Rede D’Or São Luiz.

Ainda nos planos para a cidade, há um instituto de ensino e pesquisa, com foco em oncologia, e uma farmácia própria (de 8.000 m2) que deverão ser inaugurados ainda neste ano.

Estas três unidades oferecerão o que existe de mais avançado em tratamento para o câncer, sem perder de vista as demais especialidades médicas. A marca Star caracteriza o “estado da arte” em hospitais com estrutura de hotelaria de alto nível, equipamentos de última geração e alta qualificação das equipes assistenciais, que tem como missão oferecer serviços exclusivos e personalizados dedicados integralmente à saúde dos pacientes.

A Rede também concretizou a aquisição de 10 equipamentos de radioterapia de última geração a serem instalados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e em estados do Nordeste. Somente para esta aquisição foram investidos R$ 150 milhões. Um dos equipamentos, o Cyber Knife, é inédito no país e permite realizar aplicações radioterápicas de altíssima precisão, reduzindo efeitos colaterais e aumentando a assertividade e rapidez do tratamento.

Outro diferencial do projeto, que está sendo coordenado pelo oncologista Paulo Hoff, Professor Titular de Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é a ampliação do acesso dos brasileiros aos melhores tratamentos disponíveis no mundo. Todos os pacientes cuidados dentro do Grupo serão beneficiados, e não apenas aqueles que tiverem acesso às unidades da marca premium.

A Rede D’Or, maior grupo hospitalar do país, está investindo R$ 1 bilhão até 2019 em três hospitais especializados em oncologia e destinados ao público de alta renda nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O investimento faz parte do projeto liderado pelo médico Paulo Hoff, um dos oncologistas mais conceituados do país e contratado a peso de ouro pela Rede D’Or em setembro, após dez anos no Hospital Sírio-Libanês.

“Além do público de alta renda, estamos fortalecendo o atendimento em todos os hospitais e clínicas oncológicas do grupo. Com isso, vamos atender diferentes públicos”, disse Hoff.

Além das unidades ambulatoriais do Grupo Oncologia D’Or, os hospitais da Rede D’Or instalarão progressivamente centros oncológicos (cancer centers) seguindo os padrões internacionais da especialidade. Nessas unidades, os pacientes receberão atendimento especializado, em conformidade com os protocolos para diagnóstico e tratamento desenhados para a Rede. As equipes de oncologistas clínicos e radio-oncologistas nestas unidades serão lideradas pelo Dr. Hoff, que responde também por essa padronização. “O projeto da Rede D’Or São Luiz permitirá que muito mais pessoas tenham acesso a o que existe de mais avançado no mundo para o tratamento do câncer”, frisa Paulo Hoff.

A Rede D’Or é dona de 37 hospitais no Rio de Janeiro, em São Paulo e Pernambuco e mais 35 clínicas oncológicas em sete Estados do país. Neste ano, a expectativa é que o faturamento do grupo atinja R$ 10 bilhões, com aumento de 20% em relação ao ano passado.

O grupo está em fase final de negociações para compra do controle do Hospital São Rafael, em Salvador, o que marca a entrada da Rede D’Or na Bahia. “Esse é um projeto de abrangência nacional. O Paulo [Hoff] vai ser o responsável por toda a oncologia do grupo, teremos protocolos e metodologias padronizadas”, disse Paulo Moll, vice-presidente da Rede D’Or.

O investimento de R$ 1 bilhão em três hospitais de oncologia é o maior feito pela Rede D’Or. Entre 2010 e 2014, o grupo gastou cerca de R$ 900 milhões para comprar apenas o Hospital São Luiz, de São Paulo.

Segundo Moll, entre os motivos que levaram o grupo a investir cifra tão vultosa no projeto atual estão a demanda por tratamentos de câncer que tende a ser cada vez maior com o envelhecimento da população brasileira e a carência de hospitais especializados no país. “Hoje, o tratamento para câncer representa cerca de 10% da nossa receita”, disse Moll.

Hoff faz uma comparação com os Estados Unidos, que têm 1,5 milhão de casos de câncer para uma população de 300 milhões de pessoas. No Brasil são 600 mil ocorrências para uma população de 200 milhões de habitantes. “O câncer é mais prevalente em pessoas mais velhas e a população brasileira está envelhecendo”, disse Hoff, médico de 49 anos que trabalhou 16 anos no MD Andersen Cancer Center, hospital americano considerado referência em oncologia; um ano no Albert Einstein e 10 anos no Sírio Libanês.

Ao contrário dos Estados Unidos, o Brasil ainda tem uma grande carência de hospitais que se enquadram no formato câncer center – ou seja, quando o paciente pode fazer todo o tratamento oncológico, incluindo outras especialidades médicas, num mesmo local. Nos Estados Unidos, esse formato é comum o que atende a demanda dos pacientes que muitas vezes acabam tendo outras enfermidades como consequência do câncer.

Do investimento de R$ 1 bilhão, 40% são recursos próprios e a outra fatia virá de financiamentos de bancos. Em junho, a Rede D’Or captou US$ 210 milhões junto à International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial para o setor privado.

Cerca de R$ 150 milhões serão destinados à aquisição de equipamentos médicos de ponta como o CyberKnife, um robô para radiocirurgia que ainda não existe no Brasil, principalmente por conta do seu alto custo, algo em torno de US$ 5 milhões. Cobiçado pela comunidade médica, o CyberKnife ficará no novo hospital oncológico de São Paulo, no bairro Vila Nova Conceição, na região sul da cidade. Ele deve ser inaugurado no fim do próximo ano com a bandeira Star – criada para atender o segmento de alta renda.

No Rio, a tradicional Clínica São Vicente, e o Hospital Planalto, em Brasília, vão passar por profundas reformas para serem transformados em centros de tratamento de câncer e ficarão prontos em 2019.

Além dos novos hospitais focados em tratamento de câncer, a Rede D’Or vai expandir a área de oncologia de seus hospitais de Recife e Salvador e na área de pesquisa.

A Rede D’Or é controlada pela família Moll, que tem 59% do negócio. Outros acionistas são o fundo soberano de Cingapura (GIC) com 26%, a gestora de private equity Carlyle com 12%. O restante está com minoritários e em tesouraria.

REPORTAGEM – http://forumsaudedigital.com.br/rede-dor-sao-luiz-investe-mais-de-r1-bilhao-na-area-de-oncologia/

FOLHA DE SÃO PAULO – https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2018/05/rede-dor-investira-r-35-bilhoes-em-hospitais-com-centro-para-cancer.shtml

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