Leadership in Energy and Environment Design (LEED)
Nós que trabalhamos voltados com foco na SUSTENTABILIDADE, não podemos deixar de orientar a todos os nossos leitores sobre o conceito LEED, não apenas na construção civil, mas em todos os sistemas agregados e participativos. Para nós, edifícios concebidos dentro desse conceito traz, principalmente, melhoria na qualidade de vida de seus ocupantes. Nós buscamos, sempre, essa melhoria.
Bem resumido traduzimos LEES como: Liderança em Energia e Design Ambiental
Podemos dizer que o LEED, ou Liderança em Energia e Design Ambiental, está transformando a maneira como pensamos sobre como nossos edifícios e comunidades sejam concebidos, construídos, mantidos e operados em todo o mundo. LEED é uma ferramenta abrangente e flexível utilizada na construção verde que aborda o ciclo de vida do edifício inteiro reconhecendo as estratégias de construção best-in-class.Trabalhamos na engenharia juntamente com equipe médicas de forma a agregar fatores que tornem a vida mais saudável.
Engenharia e medicina, caminhando rumo a melhoria da Qualidade de Vida e a Sustentabilidade de nosso planeta.
Hoje vamos falar sobre LEED.
O que é LEED – LEED é um conjunto de sistemas de classificação para a concepção, construção e operação de alto desempenho de edifícios inteligentes, ou verdes, residência e bairros.
Desenvolvido pelo United States Green Building Council (USGBC), fundado e liderado até 2006 por Robert K. Watson, o sistema LEED fornece aos proprietários e aos operadores de edifícios um modelo de práticas e métricas para edifícios verdes nos projetos, construção, operações e soluções de manutenção.
Apesar dos custos iniciais de projetos LEED serem mais elevados que os edifícios tradicionais, o investimento é compensado pelas economias ao longo do ciclo de vida do prédio, reduzindo o seu custo total de propriedade. Outro retorno do investimento a ser considerado é a maior produtividade dos ocupantes do prédio dentro de um ambiente de trabalho mais saudável.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
O LEED consiste de um conjunto de nove sistemas de classificação para a concepção, construção e operação de edifícios, residências e bairros.
1. Espaço sustentável: a escolha do local e desenvolvimento são importantes componentes de sustentabilidade de um edifício. Procura-se minimizar o impacto de um edifício sobre os ecossistemas e cursos de água; incentiva paisagismo regional apropriado; recompensas escolhas de transporte inteligentes; controles de escoamento de águas pluviais, e promove a redução da erosão, poluição luminosa, efeito ilha de calor e de construção relacionada com a poluição.
2. Uso racional da água: o objetivo é incentivar uma utilização mais inteligente da água. Redução de água é geralmente obtida através de aparelhos mais eficientes: tratamento e aproveitamento de águas cinzas e pluviais para irrigação; abastecimento de bacias sanitárias e mictórios e torres de resfriamento do sistema de condicionamento de ar; especificação de paisagismo com espécies de plantas nativas e adaptadas (que consomem menos água), implantação de sistemas eficientes para irrigação e utilização de dispositivos hidrossanitários eficientes, tais como: caixas acopladas com sistemas de duplo acionamento (3 e 6 litros), mictórios e torneiras de fechamento automático, torneiras gerais e chuveiros com restritores de vazão.
3. Eficiência energética e Atmosfera: essa categoria encoraja uma grande variedade de soluções inteligentes de energia: comissionamento, monitoramento de uso de energia, design e construção; aparelhos eficientes, sistemas e iluminação, a utilização de fontes renováveis e limpas de energia, gerada on-site ou off- site, e outras medidas inovadoras, tais como: grandes áreas envidraçadas nas fachadas para garantir o aproveitamento de luz natural; utilização de vidros de alto desempenho e com baixo fator solar; iluminação eficiente com baixa densidade de potência; geração de energia fotovoltaica na cobertura; comissionamento dos sistemas de energia do edifício; sistema de condicionamento com centrífugas de alta eficiência e variador de frequência, circuito primário de água gelada com vazão variável, caixas VAVs (volume de ar variável) nos ambientes internos.
Devem-se adotar soluções para mitigar os impactos da mudança climática, tais como: definição de vagas de estacionamento preferenciais para veículos com baixa emissão e baixo consumo; utilização de gases refrigerantes para o sistema de condicionamento de ar com baixo potencial de agressão à camada de ozônio e ao aquecimento global e neutralização dos gases de efeito estufa emitidos na fase de construção do empreendimento.
4. Materiais e Recursos: durante a construção e fases de operações, os edifícios geram resíduos sólidos em abundância. Essa categoria incentiva à seleção de produtos sustentáveis, colhidos, produzidos e transportados de forma consciente. Promove a redução de resíduos, bem como a reutilização e a reciclagem, e premia a redução dos resíduos na fonte de um produto. Os resíduos gerados na construção serão desviados de aterros sanitários; elaboração e implantação de um Plano de Gestão de Resíduos e Coleta Seletiva, gerados no empreendimento, e definição de uma área dedicada para armazenamento dos resíduos comuns e recicláveis.
5. Qualidade do ambiente construído: proibição ao fumo no interior do empreendimento e próximo a entradas, tomadas de ar e janelas basculantes; alta taxa de renovação do ar nos ambientes internos; elaboração e implantação de um Plano de Gestão da Qualidade do Ar Interno para as fases de construção do empreendimento; grandes áreas envidraçadas nas fachadas para garantir a integração do usuário com o ambiente externo.
6. Localização e Articulações: essa categoria incentiva à construção em locais previamente desenvolvidos e longe de áreas ambientalmente sensíveis. O sistema de classificação LEED para residências reconhece que muito do impacto de uma casa sobre o meio ambiente vem de onde ela está localizada e como se encaixa na comunidade. O sistema recompensa as que são construídas perto de infraestrutura já existente em locais que promovam o acesso para abrir espaço para caminhadas, atividade física e tempo ao ar livre.
7. Programa de Educação Ambiental: o sistema de classificação reconhece que um empreendimento só é verdadeiramente verde, se as pessoas que nela vivem usar os recursos verdes de forma plena. Essa categoria incentiva às construtoras e profissionais do setor imobiliário fornecer aos proprietários, inquilinos e gestores dos edifícios treinamento e as ferramentas necessárias para entender como tirar o máximo proveito desses recursos.
8. Inovação em Design: fornece pontos de bônus para projetos que utilizam tecnologias inovadoras e estratégias para melhorar o desempenho de um edifício muito além do que é exigido por outros créditos LEED.
9. Prioridade Regional: conselhos regionais do USGBC, capítulos e afiliadas identificam os locais com maiores preocupações ambientais, e são atribuídos seis créditos LEED para atender essas prioridades locais.
Desde o final dos anos 90, a certificação LEED tem crescido constantemente em popularidade e hoje o Green Building Council dos EUA, uma organização comercial sem fins lucrativos, cresceu para abranger milhares de projetos nos Estados Unidos e Canadá, bem como vinte e oito outros países. O USGBC LEED promove como um processo transparente, que os proprietários e operadores dispõem de uma estrutura para a utilização de soluções ecológicas na construção e manutenção.
LEED – Liderança em Energia e Design Ambiental é um exemplo de força crescente do movimento ambiental e da consciência no mundo de hoje.
Mesmo sem que você obtenha a certificação completa, faça algumas partes – faça a sua parte!
Nas pequenas ações, as grandes reações!
saiba mais: http://www4.uwm.edu/pps/Sustainability/CampusInit/leed-building.cfm