Síndrome Pós COVID – Sintomatologias Difusas

Síndrome Pós COVID – Sintomatologias Difusas

Síndrome pós COVID – COVID longa.

Na COVID19, mesmo após a recuperação do paciente, o vírus ainda pode deixar sequelas durante semanas, meses e até um tempo indeterminado: é a chamada síndrome pós-Covid, caracterizada por problemas de saúde crônicos que persistem após o tratamento da infecção aguda, mesmo quando os testes para o vírus no paciente retornam negativos. Para esses sintomas, também são dados o nome de Covid longa.
Esses sintomas também vem sendo observados em pacientes onde a patologia foi muito branda e, até mesmo, não confirmada.
Outro fato a ser observado é que esses sintomas podem apresentar flutuações e recaídas ao longo do tempo, incluindo a possibilidade de reaparecerem após a recuperação inicial de um episódio agudo de Covid-19, ou de persistirem desde a doença inicial.

Em continuidade a sua missão de minimização da dor para obtenção da de saúde e da qualidade de vida, o Instituto CADOR passou a praticar a Medicina Integrativa.

Através da cultura médica maior da qual faz parte, está adotando e implementando suas estratégias terapêuticas. Reduzindo custos e melhorando a qualidade de vida de todos com melhores resultados que são alcançados através da abordagem integrativa onde profissionais combinam seus conhecimentos no serviço de facilitar a saúde na complexidade da vida das pessoas.

Dessa forma, também, estamos atuando frente a atual “pandemia do século” COVID 19. Tratamos e acompanhamos  todas fases do COVID19, assim como, preconizamos sistemas de aumento de imunidade, não apenas frente ao SARSCoV2 mas sim, frente a todos os milhões de microorganismos que fazem parte de nossa comunidade.

Nesse artigo, vamos falar sobre COVID longo,  um assunto que tem atrapalhado muito a qualidade de vida das pessoas, também chamada de síndrome pós COVID. Essa metodologia também se aplica a pacientes com reações pós vacina. O que é classificado por alguns como Covid crônica, é uma conotação bastante falha mas, também tem sido muito utilizada. Trata-se também de uma condição bastante autolimitante, com duração, aparecimento e sintomatologia variável.

Em resumo, aqui atendemos toda essa gama de pacientes com grandes e variadas patologias que apresentando, o que denominamos de SINTOMATOLOGIA DIFUSA.

A SINTOMATOLOGIA DIFUSA pode ser proveniente que qualquer uma dessas reações ou ações iniciais. Essa Sintomatologia Difusa vai desde pequenos cansaços quanto estados de total prostração, dores, fadiga muscular, dores diversas, problemas oculares, circulatórios, memoria lenta, estados de depressão, aparecimento de erupções cutâneas, micoses, entre vários outros que podem se apresentar sozinhos ou em múltiplos sintomas concomitantes.

Avaliamos o estado geral, através de uma anamnese detalhada. Analisamos exames anteriores, propomos exames atuais, elucidativos e direcionados para a principal suspeita clínica. Analisamos todos os resultados dos parâmetros obtidos de forma integrativa e, propomos as opções de tratamento.

Fazemos o acompanhamento completo.

Temos Nutricionistas especializadas em nutrição para desinflamação, controle de diabete, nutrição funcional, complementação e suplementação nutricional, de acordo com a necessidade do paciente e, sempre lembrando que ALIMENTAR NEM SEMPRE É NUTRIR. O organismo precisa estar nutrido para poder exercer corretamente todas as suas atividades.

Cada paciente, um tipo de atendimento:

Conforme o próprio nome diz, a SINTOMATOLOGIA é extremamente DIFUSA e para cada em cada paciente é necessário um tipo de atendimento e acompanhamento

As pessoas são diferentes, assim com suas necessidades também o são.

Para cada tipo de paciente, para cada tipo de sintomatologia, um protocolo necessita ser seguido. Essa é a especialidade do Instituto CADOR

Na medicina integrativa nos baseamos no conhecimento, na prática e nas evidências para tratarmos um determinado paciente, PORÉM, medimos e avaliamos, também, a Evidência versus Avaliação do grau de Dano (ou risco) leia essa matéria.

Fazemos uma análise completa do estado INTEGRAL (físico, mental, espiritual e ambiental) do paciente para que a REAL necessidade seja encontrada e atendida.

Essa Medicina visa cuidar das pessoas, não das doenças. Focamos na pessoa como um todo para dessa forma conseguirmos tentar ajudá-la da melhor forma possível.

Dr. Lauro Marubayashi
Dra. Célia Wada

Alguns dos vários sintomas apresentados na Síndrome pós COVID – COVID- longa:

SINTOMATOLOGIAS DIFUSAS

Sintomas gerais
cansaço excessivo;
sonolência;
falta de ar;
tosse;
perda de apetite;
perda de olfato e paladar;
dores de cabeça;
dores musculares;
dores articulares;
dores abdominais;
queda de cabelo;
diarreia;
arritmia;
dor ou sensação de pressão no peito;
fibrose pulmonar;
trombose.
Sintomas cognitivos ou neurológicos
dificuldade de concentração;
dificuldade em focar em um assunto;
raciocínio lento;
prejuízo da memória;
dificuldade de aprendizado;
confusão e sensação de “névoa mental”;
dislexia e discalculia (esquecimento de palavras, dificuldade para se comunicar e para fazer contas).
Sintomas emocionais
desânimo acentuado;
ansiedade;
insônia;
depressão;
estresse;
medo (síndrome do pânico);
surto psicótico.

continuando: 

Embora a maioria das pessoas que contraíram COVID-19 melhorem em poucas semanas após a doença, algumas pessoas apresentam condições pós-COVID. A síndrome pós-COVID pode envolver uma ampla variedade de sintomas novos, recorrentes ou contínuos, em que as pessoas podem apresentar mais de quatro semanas após serem infectadas com o coronavírus.
Mesmo as pessoas que apresentaram COVID assintomática podem ter sintomas pós-COVID. O SARS-CoV-2 pode atacar o corpo de várias maneiras, causando danos aos pulmões, coração, sistema nervoso, rins, fígado e outros órgãos.

NOTA:  Sintomas que pioram após atividades físicas ou mentais

Médicos no mundo todo estão se deparando com casos em que, depois de três ou quatro semanas do início da doença, as pessoas recuperadas da fase aguda se queixam da persistência de sintomas desagradáveis.

Ao verificar a incidência de quadros dessa natureza em diferentes localidades, os infectologistas cunharam o termo síndrome persistente pós COVID-19 ou síndrome pós COVID. Também conhecida como COVID longa, a expressão qualifica um conjunto de problemas que afeta a rotina e o humor das pessoas acometidas por ela.

Porque a Síndrome Pós-COVID aparece?

Uma das hipóteses que procura explicar o mecanismo de ação do vírus mesmo após ter findado sua atividade biológica, é o de que ele estaria disparando uma condição de imunossupressão.

Um organismo que sofre o ataque do vírus desencadeia uma resposta inflamatória. O vírus se liga a receptores de membrana que estão não apenas nas células do pulmão, mas em células de diferentes órgãos.

conexão vírus-receptor nas células endoteliais e as lesões subsequentes dessas células faz com que haja a liberação de citocinas. Um fenômeno conhecido como tempestade de citocinas. Essas substâncias ativam diversos mecanismos de defesa, como o recrutamento de leucócitos. Enfim, acontece uma cadeia complexa de eventos que caracteriza a inflamação.

A fim de contrabalancear esse estado de desorganização no corpo, é acionada uma resposta anti-inflamatória. Essa evita que aconteçam inadequações no retorno dos órgãos à normalidade. Porém, múltiplos fatores conflitantes atuam de forma simultânea na resposta inflamatória e na resposta anti-inflamatória. Todo esse processo leva à redução da eficácia do sistema imune na defesa do organismo frente a outras agressões. A base dessa argumentação está no conhecimento adquirido através do estudo da associação entre a síndrome de Guillain-Barré, que leva à paralisia facial, e os surtos de Zika-vírus.

Hoje já se sabe bastante  porém, muito ainda a estudar sobre pós COVID, principalmente, as síndromes PÓS VACINA.  Elas se assemelham a síndromes que surgiram na esteira do restabelecimento de outras viroses, como o da infecção pelo vírus de Epstein-Barr. Um padrão já desenhado pelos infectologistas é o de que não existe associação entre a gravidade do quadro de COVID-19 e o surgimento de sintomas prolongados após passada a fase aguda.

Ou seja, mesmo a experiência quase assintomática pode resultar em síndrome pós COVID assim como pós vacina.  

 Pacientes queixosos dos sintomas da síndrome pós COVID-19 apresentem indícios de que há uma inflamação em curso, seja um índice elevado da proteína C-reativa ou uma linfocitopenia. Portanto, o setor médico está diante de outro desafio emergente.

Quem está apresentando a COVID longa

De imediato, imaginamos que pacientes que dependeram de assistência hospitalar, especialmente da ventilação mecânica, apresentem sequelas. A lógica que está por trás disso é que os pulmões e outros órgãos sofreram mais lesões do que naqueles que tiveram manifestações menos graves. Muitos dos quadros extremos, aliás, precisaram de cuidados intensivos, período crítico durante o qual os medicamentos usados podem ter provocado complicações que ainda precisam ser abordadas.

Porém, pessoas que apresentaram a forma menos agressiva da COVID-19 estão também estão relatando a convivência com anormalidades. Em termos de potencial investigativo, o que distingue os casos de alta gravidade dos de pouca sintomatologia é que a maioria esmagadora desses últimos permanece em tratamento domiciliar. Dificilmente as equipes médicas têm acesso a seus contatos, de modo a possibilitar uma chamada para participar de acompanhamentos de longo prazo.

Médicos têm colhido evidências de que a vida de algumas pessoas que contraíram a doença e ficaram hospitalizadas mudou bastante. Por exemplo, em um hospital universitário parisiense foram avaliadas diferentes condições de saúde de 478 pacientes após transcorridos quatro meses da alta hospitalar. Vale lembrar que apenas 4% dos pacientes havia sido medicada com corticosteroides durante a internação. Portanto, eventuais efeitos colaterais dos medicamentos foram descartados.

Os resultados mostraram que metade desses pacientes relatou sentir pelo menos um sintoma que não lhe ocorria antes de ter desenvolvido a doença. Trinta e um porcento dessas pessoas informaram sentirem fadiga. Usando uma escala de 1 a 5 para avaliar a intensidade da fadiga, a equipe obteve a média de 4,5. Eles estavam, portanto, diante de um desconforto que os limitava na execução de tarefas rotineiras.

Igualmente, uma equipe de um hospital em Roma avaliou 143 antigos pacientes cuidados anteriormente pelo grupo e no momento posterior apresentando sintomas persistentes. Com idade variando entre 19 e 84 anos, esses pacientes declararam sentir fadiga (53%), dispneia (43%) e dores articulares (27%). Em proporções inferiores a essas, surgiram menção a cefaleia, taquicardia e ansiedade.

Um aspecto importante salientado nesse estudo é que nos quadros de pneumonia convencional, os pacientes também se queixavam de sintomas persistentes depois da melhora. Portanto, a COVID-19 talvez compartilhe com a pneumonia clássica a imposição de uma condição debilitante ao paciente.

Lamentavelmente, não apenas os que tiveram manifestação mais grave, que provocam danos nos órgãos, estão lidando com a síndrome. Pacientes que experimentaram sintomas leves e que não necessitaram de hospitalização também se queixam dos mesmos sintomas. Alguns pesquisadores vêm notando nesses pacientes uma intolerância alta à execução de atividades físicas. Um estudo mostrou que quando oito indivíduos, antigos portadores de COVID-19 leve a moderada, foram submetidos a teste ergométrico, cinco deles apresentaram índices que sugeriam hiperventilação alveolar. A origem dessa disfunção ainda está sendo buscada.

Eventos traumáticos deixam marcas. Esse argumento vem sendo levantado por um grupo de pesquisadores que avaliou 134 pacientes ingleses. Os participantes do estudo foram divididos em três grupos de acordo com os sintomas prolongados que relataram aos investigadores.

Como em dois desses grupos os sintomas estavam estritamente relacionados a aspectos psíquicos (ansiedade, distúrbios do sono, alteração de humor e problemas de memória) e simultaneamente desacompanhados de indícios de alterações bioquímicas, os pesquisadores afirmam que os aspectos neuropsiquiátricos da síndrome pós COVID-19 não devem ser negligenciados.

Portanto, o fenômeno que agora se conhece como COVID longa não deve ser unicamente atribuído exclusivamente ao efeito direto do vírus SARS-CoV-2.

Investigação na Síndrome Pós-COVID

Ter apresentado a COVID-19 e conviver com fadiga incessante e outras disfunções por cinco semanas ou mais após o início dos sintomas é sem dúvida algo que merece atenção. Especialmente nos dias de hoje, nos quais todos somos exigidos, tal situação imprime uma carga emocional intensa. A insegurança com a própria limitação física se torna maior quando tomamos consciência de que a humanidade enfrenta uma doença cujas consequências a longo prazo estão ainda sendo elucidadas pelo setor médico.

Especialistas sugerem medidas a serem seguidas. Um clínico geral deve ser consultado. É recomendado realizar um teste sorológico para COVID-19 de modo a remover qualquer dúvida relativa a uma reinfecção. O teste para anticorpos antinucleares precisa ser realizado e repetido após seis semanas e assim descartar alguma doença autoimune a caminho.

Essa recomendação se faz importante especialmente para o caso de mulheres jovens com histórico de dores articulares. Uma vez que a anemia pode se manifestar como dificuldade respiratória, a contagem de hemácias através de um hemograma é fundamental para sanar a dúvida. O exame de ecocardiograma transtorácico (ETT) pode ajudar a descartar eventuais doenças ainda não diagnosticadas.

Se for o caso de os sintomas estarem em vigência por três meses, uma investigação mais aprofundada deve ser iniciada. Ademais, especialistas da área de pneumologia, neurologia, psicologia e reabilitação física precisam acompanhar o quadro.

Tratamento para a síndrome pós COVID-19

Há quem afirme que a síndrome pós COVID-19 é uma entidade desconhecida, não requerendo um tratamento específico. Quanto à fadiga crônica, muita controvérsia está surgindo quanto ao estabelecimento de uma rotina de atividades físicas.

No entanto, é possível lidar com a fadiga proporcionando ao paciente um balanço adequado de descanso e exercícios moderados, contanto que esses não ultrapassem as limitações físicas do momento. Fisioterapia respiratória associada a uma fisioterapia motora pode ser interessante em uma fase inicial.

No que diz respeito ao uso de medicamentos, a terapia imunomodulatória pode ser uma alternativa, desde que ocorra no ambiente hospitalar. Ela consiste na aplicação intravenosa de imunoglobulinas e/ou outros agentes químicos reguladores do sistema imune. É um tipo de terapia já usado em pacientes que se recuperam de choque séptico.

No entanto, como nem todos os resultados do seu uso contra essa patologia atingiram níveis satisfatórios, há que se questionar sua validade para os quadros de síndrome pós COVID-19. Entre as opções de imunomoduladores, uma citocina usada no tratamento de tumores, a TGF-β (transforming growth factor – beta), parece ser promissora como opção. Porém, sua eficácia e efeitos colaterais ainda estão sendo avaliados.

essa matéria terá sua continuidade…

Dra. Célia Wada – CRF SP 7043 – CRF RJ 34658

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