Tratamento: Feridas – Ostomas – Abcessos

Em primeiro lugar, vamos definir esses termos:

Ferida é definida como qualquer lesão que interrompa a continuidade da pele. Essa descontinuidade pode variar em gravidade, atingindo desde a epiderme até estruturas mais profundas, como tecido subcutâneo, músculos e ossos. A perda da integridade da pele pode ser causada por fatores externos (traumas ou cirurgias) ou internos, frequentemente associados a doenças crônicas ou condições metabólicas.

Abcessos são coleções de material purulento (pus) que, embora normalmente decorram de infecções bacterianas, podem, em alguns casos, não representar infecções, mas serem manifestação de outras doenças cutâneas como paniculite, ou outras doenças abscedantes, como hidradenite e foliculite dissecante

Ostomas, ou estomas, são aberturas cirúrgicas criadas para conectar um órgão interno ao exterior do corpo. Elas são frequentemente utilizadas para eliminar fezes, urina ou auxiliar na alimentação e respiração.

1- Feridas:

Agentes Causadores de Feridas:
Causas Externas
Físicos: traumas mecânicos, queimaduras térmicas, choques elétricos e radiação.
Químicos: exposição a ácidos, álcalis ou outras substâncias químicas corrosivas.
Vivos: mordidas de animais, picadas de insetos ou infecções causadas por bactérias, fungos, virus e parasitas.
Causas Internas
Doenças metabólicas, como diabetes.
Patologias vasculares, que prejudicam a cicatrização.
Distúrbios imunológicos, que aumentam a predisposição a feridas crônicas.

Classificação das Feridas
Simples: Feridas que seguem as fases de cicatrização de forma ordenada e previsível, respondendo bem ao tratamento padrão.
Complexas: Feridas que apresentam complicações metabólicas ou fisiológicas, não respondendo ao tratamento convencional, exigindo acompanhamento especializado.
Tipos das Feridas
Agudas: Geralmente causadas por traumas (quedas, queimaduras, acidentes automobilísticos, etc.).
Crônicas: Relacionadas a doenças subjacentes, como úlceras venosas ou lesões por pressão.

Importante destacar que feridas agudas podem se tornar crônicas se não tratadas adequadamente.

Tratamento das Feridas

Abordagem Geral:
O sucesso no tratamento de feridas vai além de olhar apenas para a lesão. É essencial compreender os fatores associados, como:
Agente etiológico
Estado de saúde geral do paciente.
Condições metabólicas ou imunológicas.
Fatores locais da ferida (infecção, necrose, exsudação).
Feridas simples respondem bem ao tratamento padrão, enquanto feridas complexas exigem atenção diferenciada.

Estratégias Terapêuticas Básicas

Limpeza e desbridamento.
Uso de curativos avançados (hidrocoloides, alginatos, filmes transparentes).
Terapia por pressão negativa em feridas complexas.
Avaliação multidisciplinar, envolvendo médicos, farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas para utilização correta do agente que irá minimizar o “ativo” da ferida.

A prática assistencial deve ser fundamentada em evidências científicas, complementada por estudos e atualizações constantes, garantindo a aplicação das melhores técnicas disponíveis.

Classificação das feridas na pele:
As feridas podem ser classificadas conforme as suas características gerais. Entre elas, as mais importantes são origem;
grau de contaminação;
nível de comprometimento tecidual.

  • Origem
    A origem é o que causou o ferimento. A maneira como a lesão foi produzida, o agente agressor ou o mecanismo de ação envolvido são determinantes para identificar o tipo de ferida.
    Por exemplo, objetos afiados, como facas e bisturis, podem causar cortes e incisões, lesões que variam quanto a profundidade, mas que, geralmente, apresentam bordas regulares e são mais fáceis de cuidar.
    Em outros casos, como ao cair da moto e ralar o joelho ou em mordidas de animais, o machucado pode ser classificado como abrasão ou laceração, por ser irregular e estar sujeito à ação de bactérias, além de dificultar a aplicação de curativos e aumentar o risco de infecções.
  • Grau de contaminação
    Em relação ao grau de contaminação, uma ferida pode ser considerada limpa ou contaminada. As limpas são aquelas que não apresentam sinais de inflamação grave, tendo sido causadas por instrumentos esterilizados ou que não transferem partículas estranhas, que acabam grudadas no interior da lesão.
    Por outro lado, as feridas contaminadas, geralmente, apresentam sinais inflamatórios consideráveis, como inchaço, vermelhidão e dor intensa. Isso pode acontecer quando microrganismos estão presentes na pele ou no agente agressor que causou o ferimento.
  • Nível de comprometimento tecidual
    O nível de comprometimento tecidual representa a quantidade de tecido danificado pelo ferimento. Uma ferida é classificada como simples quando a área atingida é pequena e isolada, facilitando a aplicação de curativos, imobilizações e outras medidas de contenção.
    Do contrário, o ferimento é complexo quando cobre grande parte do corpo e atinge estruturas mais sensíveis ou de difícil acesso. Por exemplo, lesões nas axilas ou nas virilhas são mais complicadas, por afetarem a mobilidade.
    Em um cenário similar, machucados com grande perda de tecido apresentam uma cicatrização mais lenta e incompleta. Isso porque o organismo não consegue restaurar todas as estruturas atingidas, o que pode causar manchas, sulcos e queloides.

Considerações de gravidade:
Além dos fatores abordados, também costumam ser considerados os seguintes:
– profundidade: lesões superficiais são consideradas de menor gravidade, enquanto as profundas são mais preocupantes, devido ao risco de hemorragias e/ou danos aos órgãos internos;
– aberta ou fechada: enquanto as feridas abertas apresentam ruptura da superfície da pele, as contusões não provocam essas aberturas, apesar de poderem gerar traumas internos, como edemas e hemorragias;
– aguda ou crônica: as feridas agudas são as lesões recentes, ocasionadas por um agente agressor conhecido, enquanto feridas crônicas são complicações relacionadas à cicatrização incompleta e machucados que não respondem ao tratamento primário.

  • Tipos de feridas
    Os tipos de feridas mais comuns são:
    ralados (abrasões);
    queimaduras;
    cortes;
    lacerações;
    perfurações;
    incisões.
    Ralados (abrasões)
    Os ralados, também conhecidos como ferimentos abrasivos ou abrasões, são machucados provocados pela fricção do corpo com uma superfície áspera, rígida ou irregular. Geralmente, ocorrem em acidentes de trânsito e quedas.
    Conforme as características citadas, os ralados são mais propensos à contaminação e ao comprometimento tecidual elevado. Em contrapartida, costumam ser mais superficiais que outros tipos de feridas.
  • Queimaduras
    As queimaduras acontecem quando as células da pele são danificadas de maneira repentina, geralmente envolvendo uma fonte de calor. Apesar dessa característica, essa lesão também é provocada por temperaturas negativas, radiação, substâncias químicas, eletricidade, plantas venenosas e animais peçonhentos.
    Nesses casos, as características da queimadura, principalmente origem, profundidade e nível de comprometimento tecidual, ajudam a classificá-la como sendo de primeiro, segundo ou terceiro grau.
  • Cortes
    Cortes são feridas lineares, causadas por objetos afiados ou cortantes. Como conseguem romper a superfície cutânea sem fazer muito esforço, os ferimentos possuem bordas regulares e moderadamente traumatizadas.
  • Lacerações
    As lacerações acontecem quando a ruptura da pele é provocada por pressão ou tração aplicada ao tecido. Ao contrário dos cortes, lacerações envolvem mecanismos de muita energia e lesões amplamente irregulares.
  • Perfurações
    São ferimentos causados por objetos pontiagudos. De modo geral, não afetam grandes áreas do corpo, ou seja, apresentam baixo nível de comprometimento dos tecidos. Contudo, podem ser mais complexas que as demais, especialmente conforme aumentam de profundidade.
  • Incisões
    As incisões são variações dos cortes, realizadas principalmente com o uso de bisturis e em ambientes controlados, como unidades de pronto-socorro e centros cirúrgicos. Nesses casos, as feridas são regulares, superficiais e limpas.

Porém, é importante notar que há risco de contaminação, considerando a alta concentração de patógenos em ambientes hospitalares.

Tipos de cicatrização:
Além dos tipos de feridas, vale a pena conhecer os tipos de cicatrização e quais fatores influenciam nesses processos. Geralmente, podemos destacar os seguintes
cicatrização primária ou de primeira intenção;
cicatrização secundária ou de segunda intenção;
cicatrização terciária ou de terceira intenção.

  • Cicatrização primária ou de primeira intenção
    A cicatrização primária representa o processo ideal de regeneração de tecidos, quando as características das novas células não contrastam com as estruturas originais. Nesses casos, há pouca ou nenhuma diferença de tonalidade, textura e profundidade entre a superfície primária e a cicatriz.
    Em geral, a cicatrização por primeira intenção é limitada a ferimentos mais simples, que apresentam bordas próximas e regulares, além de baixo nível de comprometimento tecidual.
  • Cicatrização secundária ou de segunda intenção
    Para tipos de feridas mais largas ou irregulares, a cicatrização secundária é a provável. Nesses cenários, a regeneração dos tecidos não é tão eficaz, podendo apresentar características bastante distintas das estruturas originais.
  • Cicatrização terciária ou de terceira intenção
    A cicatrização terciária, também conhecida como tardia, ocorre quando o processo de recuperação é interrompido propositalmente. Nessas situações, antes de fechar a lesão é necessário fazer o debridamento, procedimento para remoção de tecido morto e limpeza profunda do machucado.

O que usar para cicatrizar feridas mais rápido:
Para as feridas cicatrizarem mais rápido e sem apresentar muito contraste com a pele antiga, é essencial tomar cuidados especiais na hora de fazer e manter os curativos. Entre os cuidados mais importantes, podemos destacar limpeza do ferimento: ao se machucar, é crucial higienizar a ferida com água corrente e/ou solução antisséptica;
secagem: para evitar a criação de um ambiente adequado para a proliferação de patógenos, recomenda-se secar cuidadosamente o ferimento com uma toalha limpa;
aplicação de pomadas: para combater o risco de infecções, o médico pode prescrever pomadas antibióticas a fim de proteger contra bactérias e auxiliar na cicatrização;
curativos: pode ser necessário, especialmente no início da cicatrização, manter a ferida coberta e protegida, com o uso de curativos prontos, gaze e esparadrapos.
uso de compostos ozonizados.

fonte auxiliar – Como podem ser classificadas as feridas na pele – (Nebacetin)

2- Ostomas:

O que São e Como Cuidar
Embora os ostomas não sejam classificados diretamente como feridas, compartilham semelhanças nos cuidados e na necessidade de acompanhamento especializado. Tanto no tratamento de feridas quanto de ostomas, uma abordagem baseada em evidências e centrada no paciente é essencial para o sucesso clínico.

Ostomas – Trata-se de um procedimento que consiste na abertura artificial de um órgão interno na superfície do corpo, criada cirurgicamente, cuja denominação depende do órgão que seja exteriorizado. Entre suas causas, predominam as neoplasias e os ferimentos por arma de fogo ou branca. A estomia pode ser de caráter temporário ou definitivo.  Os cuidado dos estomas são muito importantes e ao perceber alterações na pele ao redor do estoma, coceira ou vermelhidão, entrar em contato com um profissional habilitado enfermeira pois esses sintomas podem ser consequências de uma reação alérgica ou inflamatória que, se não tratada, tende a evoluir para uma dermatite periestoma, processo inflamatório agudo ou outras patologias graves. Tal a importância desses cuidados foi fundada a SOBEST – Associação Brasileira de Estomaterapia. A Estomaterapia é uma especialidade exclusiva do enfermeiro voltada a ações de promoção e atenção integral à saúde, em seus aspectos preventivo, curativo e de reabilitação e a SOBEST é a instituição que representa a especialidade no Brasil e é reconhecida internacionalmente.) https://sobest.com.br/quem-somos/

Tipos de Ostomas
Permanentes: Indicados para situações irreversíveis, como em neoplasias avançadas.
Temporários: Realizados para situações transitórias, como no pós-operatório de uma obstrução intestinal.
Cuidados com Ostomas
Monitoramento da pele ao redor do estoma para evitar complicações como dermatite periestoma.
Uso de dispositivos adequados e trocas regulares para garantir higiene e conforto.
Consultas regulares com enfermeiros estomaterapeutas para ajustes e orientações.

A Importância da Estomaterapia
A Estomaterapia é uma especialidade exclusiva do enfermeiro, voltada à promoção da saúde e ao cuidado integral de pessoas com ostomas, feridas e incontinências. A SOBEST (Associação Brasileira de Estomaterapia) desempenha um papel fundamental, promovendo formação contínua e representando a especialidade nacional e internacionalmente.

Benefícios de um Tratamento Adequado
Redução de Complicações: Diminuição do risco de infecções e cronicidade das lesões.
Aceleração da Cicatrização: Uso de terapias avançadas para otimizar o fechamento das feridas.
Melhoria da Qualidade de Vida: Redução da dor e retomada das atividades diárias.
Acompanhamento Multidisciplinar: Abordagem holística para tratar tanto a lesão quanto os fatores associados.

3- Abcessos:

Os abcessos são caracterizados por uma coleção de pus  geralmente causados por uma infeção bacteriana que pode ser, inclusive, secundária a uma infecção por parasitas, por exemplo. Isso ocorre porque durante o primeiro processo de defesa do organismo, conhecido como imunidade inata, há o recrutamento majoritário de neutrófilos, os quais são responsáveis por fagocitar e destruir os antígenos nesta fase da resposta imune. Como resultado dessa atividade dos neutrófilos tem-se o acúmulo de material purulento que em quantidades relevantes e em cavidades não naturais forma o que é definido como abcesso.

Sinais e sintomas:

Os sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor, sensação de calor e inchaço. A área vermelha muitas vezes prolonga-se para fora do inchaço. Quando o abcesso envolve o folículo piloso temos os carbúnculos e os furúnculos são dois tipos de abcesso que muitas vezes envolvem esses folículos pilosos.

Os sintomas dependem do órgão ou tecido afetado. No entanto, classicamente temos como manifestações de todo processo inflamatório a dor, calor, rubor e tumefação locais, podendo apresentar perda de função. Os abscessos “maduros” têm flutuação à palpação e a pele que os reveste torna-se mais fina. Têm ocorrência mais comum na pele, mas podem atingir qualquer tecido. Dificilmente há remissão espontânea, com a reabsorção (se pequenos) ou fistulização. O abscesso pode ocorrer em qualquer região do corpo afetada por um agente piogênico (cérebro, ossos, pele, pulmão, músculos). Porém, existem alguns tipos de maior relevância, seja por sua frequência ou sua gravidade.

Tratamento:

O tratamento depende do diagnóstico. O diagnóstico de um abcesso na pele geralmente tem por base a aparência e é confirmado com uma incisão, bacterioscopia, exame a fresco em caso de suspeita de fungos, cultura e antibiograma dependendo do caso. As ecografias podem ser úteis nos casos em que o diagnóstico não é claro.

O tratamento mais comum para a maior parte dos abcessos de pele ou dos tecidos moles consiste numa incisão e drenagem. A etiologia do abcesso é importante para a melhor condução do tratamento.
Um abscesso sem tratamento pode ter resolução espontânea, sendo reabsorvido, formando fístulas (comunicação) para o meio externo ou formando um cisto. Ao fistulizar para cavidades naturais do corpo dá origem a um empiema, mas também pode complicar-se se seu conteúdo atinge a corrente sanguínea, levando a bacteremia e, nos casos mais graves, sepse.

4- Conclusão
Tanto no tratamento de feridas quanto no cuidado com ostomas, e o tratamento de abcessos,  a abordagem centrada no paciente, fundamentada em evidências e aplicada por profissionais especializados, é essencial.

O acompanhamento regular, o uso de técnicas avançadas e o compromisso com a atualização científica garantem que os pacientes recebam o melhor cuidado possível em qualquer situação.

No tratamento de feridas, assim como em todos os tratamento, a prática assistencial deve sempre estar fundamentada em evidências, em conhecimentos científicos e em experiência.

Além dos conhecimentos básicos obrigatórios e fundamentais, é importantíssimo buscar na literatura e na ciência atualizada, a complementação de informes que porventura sejam necessários. Estudos, atualização, pesquisas e investigação científica constante e de qualidade são fundamentais para a perfeita atuação do profissional junto ao paciente que o procura.

Essa é a forma de atuação de nossa equipe.

LEITURA COMPLEMENTAR:

REVISÃO DO USO DE OZONIO EM FERIDAS

DESCRIÇÃO DAS LESÕES CUTÂNEAS

FERIDAS – PREVENÇÃO E TRATAMENTO

 

 

 

Referências Bibliográficas:
SOBEST – Associação Brasileira de Estomaterapia. Disponível em: www.sobest.org.br.
Ministério da Saúde. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas: Tratamento de Feridas. Disponível em: www.saude.gov.br.
World Union of Wound Healing Societies. Consensus Document: Wound Care Strategies.
European Wound Management Association (EWMA). Best Practice in Wound Care.
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Diretrizes para o Cuidado com Feridas e Estomas.

Como podem ser classificadas as feridas na pele – (Nebacetin)

fale conosco, teremos imenso prazer em te auxiliar

Dra. Célia Wada – CRF SP 7043 – CRF RJ 34658 – 

celia.wada@gmail.com

AINDA… Ozonioterapia na linha de ação para o tratamento de feridas.

Vamos esclarecer qual o nosso direcionamento no tratamento das feridas.

O bem estar de um paciente é conseguindo com o seu estar bem.

Discutimos e estudamos muitos parâmetros para oferecermos ao paciente o estado pleno de BEM ESTAR.

Dor e desconforto são pontos fundamentais para que o estar bem seja prejudicado. Ainda aliamos a esses fatos básicos, o fator da ESTÉTICA. Não o termo em seu estrito senso ou seja, a estética do cotidiano contemporâneo mas sim a estética nos termos da “beleza” que expressa a qualidade do que é agradável.

A beleza é uma característica ou um conjunto de características que são harmoniosas e agradáveis à vista e ao entendimento próprio e único de cada paciente.

Saúde, Estética e Bem-estar caminham juntas e são ferramentas importantes na minimização da DOR. 

Estar feliz consigo mesma também é uma questão de estética e estima.

Muito mais que uma questão de aparência, cuidar de si mesmo tem tudo a ver com saúde, bem-estar, confiança, melhoria de sistema imunológico, melhoria da autoestima e minimização de qualquer dor.

Para se estar bem, e realmente sentir o bem estar, há a necessidade de a sensação seja plena. Física, emocional e espiritual.

Parece complexo mas, é um conjunto. Um conjunto  psico social espiritual que forma, de maneira inquestionável e ativa, um perfeito circuito integrado e fechado. É uma visão holística do BEM ESTAR PARA ESTAR BEM.

As feridas sempre fizeram parte da história da humanidade e, aqui para nós, é fundamental sua análise e seu cuidado tanto no tocante aos problemas patológicos quanto aos problemas relacionados á minimização da DOR. Tanto a dor da ferida quanto a dor da estética por conta da ferida.

Também surge o assunto como um tema complexo mas, para nós, é totalmente pertinente  e a discussão a respeito do tratamento e cuidados imediatos, pós cicatrização e preventivo das mesmas tem crescido e ganhado espaço em busca de qualidade e eficácia. É sabido que não há curativo modelo para toda e qualquer lesão de pele e, por isso, as PICs e terapias adjuvantes estão em evidência.

Embora a inflamação faça parte do início do processo cicatricial e seja importante para a evolução deste processo, sabemos que seu controle é fundamental para a cura da ferida. A não cicatrização ou o tempo prolongado para o processo de cura está relacionado à graves complicações clínicas bem como ao aumento da mortalidade

O ozônio vem sendo utilizado como tratamento de primeira linha por diversos países (Vide Declaração de Madrid). É reconhecido como agente antioxidante, desintoxicante, bactericida, fungicida, virustático, antimicrobiano, imunomodulador, biorregulador, antiapoptótico, analgésico passível de estimular a circulação, oxigenação tecidual e aumentar expressão de fatores de crescimento endotelial bem como aumentar débito cardíaco colaborando de forma definitiva para o processo de regeneração celular. Ozonio é um dos agentes importantes em nossos protocolos para tratamento das feridas.

A ozônioterapia para tratamento de feridas é uma prática de fácil aplicação, com baixo custo, sem reações adversas e/ou toxicidade (aplicado de acordo com as vias mencionadas neste texto) e tem alcançado resultados satisfatórios no reparo tecidual de feridas de difícil cicatrização. Existem diversos estudos com níveis altos de evidência para a prática.

Importante frisar que o sucesso no tratamento de uma ferida e a segurança plana desse tratamento está, também, na perfeita anamnese do paciente.

Assim começa nosso tratamento para as feridas.

Célia Wada

 

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