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Diagnósticos errados, tratamentos errados – um grande problema para a saúde
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Diagnósticos errados, tratamentos errados – um grande problema para a saúde

Hoje vamos falar de um seríssimo problema que é o “achismo diagnostico”.

Muitos confundem, acham qualquer coisa, falam qualquer coisa e os diagnósticos são totalmente falhos…infundados e, acima de tudo, PERIGOSOS!

Diagnóstico falho, tratamento falho e aí…falha e comprometimento em outros órgãos…

POR QUE ISSO? FALTA CONHECIMENTO REAL – EXAMES E CONHECIMENTO É O QUE FALTA! Sem contar que hoje, poucas pessoas conseguem resolver diagnósticos com exames básicos e, principalmente com um hemograma…

Um sintoma precisa ser analisado de forma completa…, esquecem os sinais e analisam os sintomas…com isso, evidentemente, esse sintoma pode ser tratado de forma errada e, cada coisa tratada errada, além de não reparar, “agride” outros órgãos…

Vamos aqui com um exemplo que aconteceu com nosso paciente…

Paciente chega com cotovelo doendo, inchado e reclamando de desconforto,  logo é dito: AH…ESTÁ COM ÁCIDO ÚRICO …ISSO É um TOFO GOTOSO e dá-lhe Zyloric…mas…será que precisa mesmo? Sabe os efeitos colaterais do medicamento? Sabe a estrutura do cotovelo? SABE O QUE É GOTA?

PARA REALMENTE DIAGNOSTICAR UM TUFO GOTOSO, ASSIM COMO QUALQUER PATOLOGIA, MUITA PESQUISA PRECISA SER FEITA….CONHECIMENTO É A BASE DO DIAGNÓSTICO CORRETO, DO TRATAMENTO CORRETO E DA CURA!

Primeiro, precisa saber exatamente onde está o problema…em que parte do cotovelo está o problema, assim como tudo, tem muitas “partes” e é preciso saber qual a parte doente e QUAL A DOENÇA dessa parte…

VAMOS PRIMEIRO ENTENDER O QUE É COTOVELO

O cotovelo é uma articulação complexa formada pela união de três ossos: o úmero (osso do braço), a ulna (osso do antebraço no lado do dedo mindinho) e o raio (osso do antebraço no lado do polegar).

As superfícies dos ossos onde eles se encontram para formar a articulação do cotovelo são cobertas com cartilagem articular, uma substância lisa que protege os ossos e atua como uma almofada natural para absorver as forças do outro lado da junta.

Um tecido fino, macio chamado membrana sinovial cobre todas as superfícies restantes dentro da articulação do cotovelo. Em um cotovelo saudável, esta membrana faz uma pequena quantidade de líquido que lubrifica a cartilagem e elimina quase todo o atrito, como dobrar e girar o braço.

A articulação do cotovelo é rodeada por músculos nas laterais anteriores e posteriores. Além disso, os três principais nervos que cruzam a articulação do cotovelo estão localizados perto das superfícies articulares.

Toda essa estrutura complexa, é rodeada e “alimentada” por veias e artérias.

PORTANTO – antes de diagnosticar, é preciso saber qual o ponto que está causando a dor.

Apenas como exemplo da complexidade, vamos mencionar as cartilagens:

A articulação do cotovelo é um gínglimo ou articulação em dobradiça. Possui três articulações: úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna, úmero-radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio e rádio-ulnar proximal, entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna.

As superfícies articulares são reunidas por uma cápsula que é espessada medial e lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial.

Cápsula Articular – Circunda toda a articulação e é formada por duas partes: anterior e posterior. A parte anterior é uma fina camada fibrosa que recobre a face anterior da articulação. A parte posterior é fina e membranosa e consta de fibras oblíquas e transversais.

Ligamento Colateral Ulnar – É um feixe triangular espesso constituído de duas porções: anterior e posterior, unidas por uma porção intermediária mais fina.

Ligamento Colateral Radial – É um feixe fibroso triangular, menos evidente que o ligamento colateral ulnar.

A articulação rádio-ulnar proximal é uma juntura trocoide ou em pivô, entre a circunferência da cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e o ligamento anular.

Ligamento Anular – É um forte feixe de fibras que envolve a cabeça do rádio, mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna.

Da borda inferior do ligamento anular sai um feixe espesso de fibras que se estende até o colo do rádio, denominado ligamento quadrado.

Aqui uma simples foto da irrigação do cotovelo

Vamos mencionar algumas patologias que causam  as “dores de cotovelo”

De forma geral, quem eventualmente sofre com dor no cotovelo, pode apresentar algum tipo de tendinite, bursite ou artrite. Até mesmo uma fratura do braço ou compressão de nervo podem resultar em desconforto na região do cotovelo. Porém, existem outros tipos de disfunções que podem ser constatados juntamente com essa condição: Epicondilite, Bursite, Artrite, Fraturas, Compressão do nervo ulnar

Epicondilite

A epicondilite é um dos transtornos mais comuns. Essa patologia se caracteriza pela inflamação dos tendões do cotovelo. Quando ela ocorre na parte interna da articulação, a doença é reconhecida como cotovelo do golfista. Entretanto, se a inflamação ocorrer na parte externa, o problema é conhecido como cotovelo de tenista.

Quem sofre com essa condição geralmente apresenta dores aos menores movimentos com o braço. Um simples movimento pode causar um grande desconforto ao paciente. As dores no cotovelo se intensificam diante de movimentos de extensão e flexão do punho e mão do membro afetado. A epicondilite é muito comum em atletas e praticantes de atividades que exigem bastante dos braços. O médico ortopedista preconiza a administração de analgésicos para o alívio da dor, paralelo a sessões de fisioterapia. O uso de órtese também pode ser necessário para alguns pacientes. Nos casos resistentes ao tratamento, a infiltração local com corticoide, pode acelerar o processo de recuperação. E, por fim, existe o tratamento cirúrgico, quando nenhum outro funcionou.

Bursite

Já dores no cotovelo provocadas por bursite acometem a parte de trás da articulação. Isso ocorre em detrimento de uma inflamação do tecido responsável por “amortecer” os ossos do cotovelo: a bursa. De forma geral, a dor é intensificada quando o braço é apoiado por horas sobre uma superfície dura. Não é por menos que muitos estudantes tendem a desenvolver esse problema, já que, de forma frequente, apoiam o cotovelo sobre mesas e carteiras. O tratamento, nesses casos, se dá por meio de repouso, aplicação de compressas e administração de anti-inflamatórios. Outra causa frequente desta bursite no cotovelo é a artrite gotosa, também conhecida simplesmente como “gota”.

Artrite

As dores de cotovelo causadas por artrite são decorrentes de uma inflamação mais interna na articulação. De forma geral esse problema ocorre mais em pessoas idosas. Além de dor, o paciente apresenta um quadro de inchaço, com aumento do volume na região acometida, com crepitações (barulhos) e restrição progressiva da mobilidade articular. Nesse caso, o médico ortopedista prescreve um tratamento com anti-inflamatórios, condroprotetores e fisioterapia. A infiltração também pode ser uma boa opção para casos selecionados.

Fraturas

Quando a dor é provocada por algum tipo de fratura, seja por causa de um impacto, queda ou pancada, a região pode sofrer com um eventual quadro de desconforto. Para atenuar a dor, é prescrito um tratamento com analgésicos em paralelo com aplicação de compressas. Se houver necessidade, algumas vezes é necessária a imobilização do membro acometido. Apenas nos casos mais graves o ortopedista irá optar por intervenção cirúrgica.

Compressão do nervo ulnar

Outra disfunção que pode causar dor no cotovelo se refere à compressão do nervo ulnar. Essa patologia é mais frequente em casos de: epicondilite medial crônica, posturas inadequadas, traumatismos locais de repetição ou após procedimentos cirúrgicos ortopédicos. Além de dor, o paciente apresenta um quadro de formigamento do antebraço e dos dedos anelar e mínimo. O tratamento pode ser realizado por meio medicamentos (vitaminas principalmente), fisioterapia e até mesmo por cirurgia de descompressão.

Vamos falar mais sobre BURCITE

O que é isso?

Temos essas bolsas que protegem de impacto e atrito em diversas partes do corpo. As mais comuns são as bursas do ombro e do quadril. Mas temos em diversas outras regiões o nosso corpo como joelho e glúteo.

A bursite do olécrano, ou do cotovelo, acontece quando a bolsa da região do cotovelo fica inflamada por algum motivo e, o motivo mais frequente está relacionado à pressão, à compressão ou impacto.

Causas e sintomas da bursite do olécrano

Essas inflamações da bursite do olécrano acontecem geralmente com quem apoia ou bate muito o cotovelo, e a ponta do mesmo pode ser pouco amortecida nessas situações. Dessa forma, a bolsa do cotovelo reage ao impacto e fica inchada. A imagem pra quem vê parece aquele cotovelo do Popeye, deixando o cotovelo bem “pontudo”. Esta é a bursite inflamatória.

Isso é pouco frequente, mas quando acontece, incomoda muito não deixando com que você apoie a região e provoca bastante dor. A grande dica é evitar apoiar, evitar apertar e evitar estimular a região. Quanto menos mexer, mais rápido passa a dor e a inflamação. Aplicar compressa quente por uns 20 minutos e algumas vezes por dia também ajuda, mas o mais importante é não estimular.

Existem casos ainda que podem ser decorrentes de uma infecção. Esses casos são mais graves e mais difíceis de tratar. O quadro de infecção é provocado quando alguma bactéria presente em nossa pele entra na região fazendo com que a bursa do olécrano infeccione. Essa bactéria pode entrar por alguma escoriação, algum arranhão ou por algum ferimento na mão ou no punho, como através da cutícula da unha por exemplo. Através deste ferimento, a bactéria entra em nosso organismo e se desloca até à região do cotovelo provocando a infecção da Bursa que fica vermelha, quente e inchada com dor.

Um cotovelo doendo pode ser GOTA?

Como sempre respondemos, DEPENDE – não é possível diagnosticar APENAS por ter uma dor ou um simples inchaço no cotovelo como sendo GOTA.

Vamos explicar o que é GOTA

O que é GOTA:

A gota é uma doença inflamatória que acomete sobretudo as articulações e ocorre quando a taxa de ácido úrico no sangue está em níveis acima do normal (hiperuricemia).

Esse aumento de ácido úrico em longo tempo pode ocasionar o depósito desse cristal em várias articulações do corpo.

Quando o paciente tem níveis elevados de ácido úrico no sangue por muito tempo, ocorre progressiva deposição de cristais de ácido úrico nas articulações. Esses cristais provocam inflamação da articulação, que fica inchada, avermelhada, quente e muito dolorosa. Esse quadro é chamado de artrite gotosa ou gota.

O que causa a gota:

O aumento nas taxas de ácido úrico no sangue pode ocorrer tanto pela produção excessiva quando pela eliminação deficiente da substância. É importante saber que nem todas as pessoas que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada (hiperucemia) desenvolverão a gota. A maioria dos portadores de gota é composta por homens adultos com maior incidência entre 40 e 50 anos e, principalmente em indivíduos com sobrepeso ou obesos, com vida sedentária e usuários de bebidas alcoólicas com freqüência. As mulheres raramente desenvolvem gota antes da menopausa e geralmente tem mais de 60 anos de idade quando a desenvolvem.

Quais são os sintomas:

Com o aumento da concentração de ácido úrico no sangue, ocorre a deposição de cristais nos tecidos, principalmente nas articulações, causando inflamação e consequentemente dor e inchaço acometendo principalmente as articulações do dedão, tornozelos e joelhos. A gota é caracterizada, inicialmente, por ataques recorrentes de artrite aguda, provocados pela precipitação, nos espaços articulares, de cristais de ácido úrico. O quadro clássico consiste em dor que freqüentemente começa durante a madrugada e é intensa o suficiente para despertar o paciente. Embora qualquer articulação possa ser afetada, sobretudo as dos membros inferiores, o hálux (dedão) é a articulação mais frequentemente envolvida na primeira crise. Além da dor a articulação comumente apresenta-se inflamada com presença de calor, rubor (vermelhidão) e inchaço. Também pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais e depósitos de cristais de ácido úrico debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos, joelhos, pés e orelhas (tofos).

O que pode desencadear as crises de gota:

Alguns fatores podem desencadear uma crise de gota em pessoas hiperuricêmicas como ingestão de álcool, principalmente vinho tinto e cerveja, dieta rica em determinados tipos de alimentos (ricos em purina), trauma físico, cirurgias, quimioterapia e uso de diurético.

Como é feito o diagnóstico:

O diagnóstico da gota é feito sobretudo após um história clínica bem feita asssociada aos exames mostrando níveis elevados de ácido úrico no sangue. Outros exames podem ser solicitados como radiografias e dosagem de ácido úrico na urina.

Qual é o tratamento:

Não há cura definitiva para a gota. O tratamento visa diminuir a dor e inflamação nas crises agudas e a correção da hiperuricemia subjacente com o objetivo de prevenir episódios futuros e evitar lesões nas articulações. É necessário evitar os fatores desencadeantes ou que propiciam a formação de ácido úrico, além de um aumento na ingestão de líquidos para otimizar a taxa de fluxo urinário. A crise aguda de gota pode ser controlada com o uso de colchicina, antiinflamatórios ou a associação de ambos com alívio em geral após 2 horas da dose inicial. Essas medicações devem ser usadas sempre sob prescrição médica e com cautela em pacientes com insuficiência renal, hipertensão, ulceração péptica ou gastrite. Medicações com objetivo específico de diminuir os níveis de ácido úrico também devem ser iniciadas e mantidas a longo prazo, com o cuidado de se aguardar a resolução completa da crise aguda para o seu início. Quando a presença de tofos prejudica a função articular a retirada cirúrgica também pode ser indicada. É importante frisar que a gota não é uma doença incapacitante e quando tratada adequadamente não interfere na qualidade de vida.

O que corre sem tratamento:

Sem tratamento as crises leves geralmente desaparecem depois de um ou dois dias, enquanto as crises mais graves evoluem rapidamente para uma dor crescente em algumas horas e podem permanecer nesse nível durante uma semana ou mais. O desaparecimento completo dos sintomas pode levar várias semanas. Após a primeira crise em geral o paciente volta a levar uma vida normal, o que geralmente faz com que ele não procure ajuda médica imediata. Uma nova crise pode surgir em meses ou anos e a mesma ou outras articulações. Sem tratamento, o intervalo entre as crises tende a diminuir e a intensidade a aumentar. O paciente que não se trata pode ter suas articulações deformadas e ainda apresentar depósitos de cristais de monourato de sódio em cartilagens, tendões, articulações e bursas.

Recomendações para os portadores de gota:

Evitar o consumo de frutos do mar, sardinha, miúdos (rim e fígado), excesso de carne vermelha e pele de aves quando os níveis de ácido úrico estiverem altos porque você pode desencadear uma crise. Sob tratamento, esses alimentos podem ser ingeridos sem exagero

O consumo de bebidas alcoólicas também pode ser feito sem exageros quando os níveis de ácido úrico estiverem controlados

Evitar uma dieta hipercalórica, pois leva à obesidade que é um fator de risco para os portadores de gota além do excesso de peso sobrecarregar as articulações inflamadas

Aumentar a ingesta hídrica

Procure o tratamento e acompanhamento médico adequado caso haja doenças associadas como hipertensão arterial, diabetes, etc.

Efeitos colaterais do Zyloric

Quais cuidados devo ter ao usar o Zyloric?

Zyloric® deve ser descontinuado imediatamente caso ocorram erupções na pele ou outra evidência de hipersensibilidade (alergia) à droga.

Se você sofre de problemas no fígado ou nos rins ou se está em tratamento para hipertensão (pressão alta) ou insuficiência cardíaca, informe ao seu médico antes de fazer uso deste medicamento.

O tratamento com Zyloric® não deve ser iniciado até que um ataque agudo de gota tenha terminado completamente, pois, caso contrário, pode haver desencadeamento de novos ataques.

Caso ocorra um ataque agudo de gota em pacientes que estejam tomando o alopurinol, o tratamento deve ser mantido com a mesma dose e o ataque agudo deve ser tratado com um agente anti-inflamatório adequado.

Deve ser feita uma hidratação adequada (ingestão de líquidos) para que ocorra uma diluição ótima da urina e com isso sejam evitados alguns problemas (como o aumento da concentração de algumas substâncias na urina, por exemplo, a xantina).

Capacidade para dirigir e operar máquinas

Este medicamento pode causar sonolência e tonteira e dar sensação de desequilíbrio quando o paciente ficar em pé ou andando. Dessa forma, o paciente que faz tratamento com Zyloric® deve ter cuidado ao dirigir veículos, operar máquinas perigosas ou participar de qualquer outra atividade perigosa, até que esteja certo de que Zyloric® não afeta seu desempenho.

https://consultaremedios.com.br/zyloric/bula

Leia alguns artigos importantes compilados:

EPICONDILITE LATERAL 

BURCITE 

ANATOMIA DO COTOVELO

CARTILHA SOBRE GOTA

Dra. Célia Wada

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