LER/DORT: ontem e hoje. O que aprendemos e o que fazer?
Dia Internacional de Combate às LER/Dort
LER/Dort: ontem e hoje. O que aprendemos e o que fazer?
29 de fevereiro de 2024 – Das 9h às 12h45 – Na Fundacentro : Rua Capote Valente, 710 – Pinheiros – São Paulo/SP (Próximo às estações de metrô Clínicas, Sumaré e Oscar Freire).
Venha participar conosco:
“Onde estávamos quando as LER/Dort eclodiam pelo país e o que aprendemos com a luta dos/as trabalhadores/as?”. Essa questão estará em pauta no evento “LER/Dort: ontem e hoje. O que aprendemos e o que fazer?”, que será realizado em 29 de fevereiro, das 9h às 12h45, no prédio da Fundacentro, em São Paulo/SP, localizado à rua Capote Valente, 710. Para participar, não é necessário se inscrever. Haverá transmissão pelo canal da instituição no YouTube.
A proposta é uma roda de conversa com participação de militantes sociais, dirigentes sindicais, trabalhadores do SUS (Sistema Único de Saúde), da universidade, da Fundacentro, do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho. O objetivo é trazer memórias, dúvidas, perguntas e situações do mundo real do trabalho para discussão e formulação de propostas integradoras.
Uma reflexão importante trazida pelos organizadores é de que “no final da década de 1980 e início dos 1990, as Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort) desnudaram a organização e a gestão do trabalho”. Naquela época, já se baseavam na intensificação do trabalho, na exigência de metas inatingíveis, na pressão sobre os trabalhadores, nas longas jornadas de trabalho e na ausência de pausas. Esses elementos, “associados à execução de movimentos repetitivos e de posições estáticas por tempo prolongado, resultavam nas dores dos membros superiores e coluna, que se cronificavam e causavam incapacidade laboral temporária e até permanente, dado que as condições nas empresas não se modificavam na sua essência”.
Esses mesmos determinantes levam hoje aos transtornos psíquicos relacionados ao trabalho sem que as LER/Dort tenham deixado de existir. “As dores continuam presentes, em particular em alguns setores econômicos, mas sobrepostas e dominadas pelas depressões, ansiedades, dentre outros transtornos mentais, relacionadas ao aprofundamento das características da organização e gestão do trabalho, sobretudo no tocante à avaliação do desempenho cada vez mais individualizado e na disseminação das práticas de violência psicológica e assédio moral institucionalizado”, afirmam os organizadores.
A história das LER/Dort também é marcada por uma luta pelo reconhecimento do caráter ocupacional das LER/Dort e dos direitos sanitários, previdenciários e trabalhistas delas decorrentes. Para tanto, costumava-se realizar eventos no dia 28 de fevereiro ou no dia 29, nos anos bissextos, que visavam reunir pessoas e entidades para dar visibilidade ao grave problema de saúde pública que acometia milhares de trabalhadores/as e auxiliar na articulação do movimento sindical. Desse contexto, nasce o Dia Internacional de Combate às LER/Dort, celebrado nessas datas.
“Os dias comemorativos ou instituídos como de luta por alguma causa só têm sentido se fazem parte de movimentos contínuos, que diuturnamente pautem reivindicações e direitos a serem conquistados”, refletem os organizadores. Nesse sentido, os debatedores buscarão responder as questões: “Nas décadas de 1980 a 2000, nós estávamos nas instituições públicas, movimentos e entidades de trabalhadores. Como atuávamos?”; e “Somos do SUS do estado de São Paulo, do Ministério da Saúde, do Ministério Público do Trabalho, da Justiça do Trabalho e do movimento sindical: o que aprendemos e como utilizamos esse aprendizado? Como podemos aprimorar nossa atuação?”.
O evento ficará disponível no Youtube da Fundacentro e das entidades parceiras. Não haverá emissão de certificados, mas aqueles que participarem presencialmente e necessitarem de uma declaração de presença podem solicitar no dia do evento para a organização.
PROGRAMAÇÃO:
9h – 9h30 – Abertura
Pedro Tourinho – Presidente da Fundação Jorge Duprat Figueiredo – Fundacentro – Ministério do Trabalho e Emprego
Mara Alice Conti Takahashi – Instituto Walter Leser da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Eliana Pintor – GVS VII/SES/SP e Núcleo Semente – Saúde Mental e Direitos Humanos Relacionados ao Trabalho, do Instituto Sedes Sapientiae.
Simone Santos – Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador/ Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador/ Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (DVST/Cerest Estadual/SES/SP) – RENAST/SP.
Cirlene Zimmermann – Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Codemat – MPT).
Alberto Bastos Balazeiro – Ministro do Tribunal Superior do Trabalho – Coordenador Nacional do Programa Trabalho Seguro.
Mauro Salles Machado – Secretário de Saúde da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf – CUT).
9h30 às 10h35
Nas décadas de 1980 a 2000, nós estávamos nas instituições públicas, movimentos e entidades de trabalhadores. Como atuávamos?
Maria Maeno – Pesquisadora da Fundacentro, membro do Instituto Walter Leser da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e do Núcleo Semente – Saúde Mental e Direitos Humanos Relacionados ao Trabalho, do Instituto Sedes Sapientiae. No final da década de 1980, trabalhou no Programa de Saúde dos Trabalhadores da Zona Norte e depois no Cerest/SP, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, até 2006.
Thais Barreira – já era pesquisadora da Fundacentro – SP, onde permanece até os dias atuais.
Angela da Mata – na época era da Comissão Intersindical de LER/Dort e depois do CEAPLER da Bahia. Continua no CEAPLER.
Vídeo sobre Cida LER/Dort – Josefina Aparecida Santos – Movimento Luto e Luta.
Mediação e comentários: Daniela Sanches Tavares – Tecnologista da Fundacentro – SP.
10h35 – 10h50 – Intervalo
10h50 às 12h45
Somos do SUS do Estado de São Paulo, do Ministério da Saúde, do Ministério Público do Trabalho, da Justiça do Trabalho e do movimento sindical: o que aprendemos e como utilizamos esse aprendizado? Como podemos aprimorar nossa atuação?
Helio Neves – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Lapa – SMS/SP (CRST Lapa), onde se aposentou em novembro de 2023. Trabalhou desde o final da década de 1980 em Saúde do Trabalhador, no CRST- Freguesia do Ó, tendo passado também pela Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Pollyana Regina Pinto – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Campinas – SMS/ Campinas (Cerest Campinas).
Alessandro Nunes da Silva – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba – SMS/ Piracicaba (Cerest Piracicaba).
Cirlene Zimmermann – Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Codemat – MPT).
Mauro Salles Machado – Secretário de Saúde da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf – CUT).
Luciene Aguiar – Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde (CGSAT – Ministério da Saúde).
Alberto Bastos Balazeiro – Ministro do Tribunal Superior do Trabalho – Coordenador Nacional do Programa Trabalho Seguro.
Mediação e comentários – Simone Santos – Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador/ Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador/ Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (DVST/Cerest Estadual/SES/SP).
PROMOÇÃO:
Fundação Jorge Duprat Figueiredo – Fundacentro – Ministério do Trabalho e Emprego
Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador/ Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador/ Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (DVST/Cerest Estadual/SES/SP)
Instituto Walter Leser da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Núcleo Semente – Saúde Mental e Direitos Humanos Relacionados ao Trabalho- Instituto Sedes Sapientiae
APOIO:
Trabalho Seguro – Programa Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho – Tribunal Superior do Trabalho
Codemat – Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Cerest/Piracicaba – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba – Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba
Cerest/ Campinas – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Campinas – Secretaria Municipal de Saúde de Campinas
DVISAT/ Covisa/ SMS-SP – Divisão de Saúde do Trabalhador/ Coordenação de Vigilância Sanitária/ Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
Contraf/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
Material enviado pelo Eng. Osny Telles Orselli