Recebi uma solicitação de uma paciente para que explicasse sobre o tratamento que estão propondo para sua artrose – FOTOBIOMODULAÇÃO OU FOTOBIORREGULAÇÃO
A PERGUNTA FOI: “EM ARTROSE, A FOTOBIOMODULAÇÃO FUNCIONA?’
COMO SEMPRE, MINHA RESPOSTA FOI …” DEPENDE”
Lembro a todos que não devemos entender um tipo de tratamento, prática e mesmo medicamento, como sendo UNANIME PARA A POPULAÇÃO!
A nossa medicina, a Medicina Integrativa, é exatamente isso…CADA PESSOA É UMA, E DESSA FORMA, TEM QUE SER ESTUDADA para saber o porquê dela ter adoecido.
Resolvi dar uma pequena explicação sobre o que é Fotobiomodulação e expliquei que, cada terapeuta deve escolher o tratamento mais adequado para seu paciente. NADA É IGUAL
Evidente que temos alguns protocolos PORÉM, são, APENAS, diretrizes. Estamos fazendo alguns ensaios bastante interesssantes e de uma alta relevância para utilização desse tipo de ESTÍMULO REGULADOR, conforme costumamos falar… Em breve escreveremos sobre isso…
É necessário conhecer o paciente, a causa ou causas do seu distúrbio e, MUITO IMPORTANTE, conhecer a fundo as terapias que está propondo a ele.
Vamos falar um pouco sobre FOTOBIOMODULAÇÃO:
Fotobiomodulação:
O que é?
A Fotobiomodulação é uma técnica não invasiva que utiliza a luz para estimular processos celulares e promover a regeneração dos tecidos. Essa técnica é também conhecida como terapia com luz de baixa intensidade. A fotobiomodulação, anteriormente conhecida como terapia a laser de baixa intensidade (LLLT), consiste na aplicação de luz (Laser ou LED) com efeito terapêutico para modulação (ativação ou inibição) dose-dependente. A dose-dependência reflete diretamente no objetivo do tratamento tendo relação com comprimento de onda, potência, energia e tempo de exposição. Esses fatores devem ser considerados na escolha do aparelho e pode ser um recurso versátil na prática clínica.
Como funciona?
Estudos mostram que Fotobiomodulação atua no organismo estimulando a produção de ATP, a molécula responsável pela produção de energia nas células. Ao aumentar a produção de ATP, a Fotobiomodulação promove a regeneração dos tecidos, acelera a cicatrização de feridas e reduz a inflamação.
Onde está sendo usada?
A fotobiomodulação é uma técnica terapêutica, cada vez mais utilizada na estética e reabilitação, que emprega luz (Laser ou LED) para promover a modulação celular
Essa modalidade terapêutica é também comumente utilizada na reabilitação com objetivo de analgesia, diminuição de edema e reparo tecidual. Os comprimentos de onda mais utilizados são: vermelho (660 nm) e infravermelho (808 nm) por conta da profundidade de penetração da luz e o cromófaro alvo.
As principais aplicações são: osteoartrite (joelho e quadril principalmente), tendinopatias de membros inferiores, dor crônica em ombro, recovery, tendinopatia lateral e medial do cotovelo, cervibraquialgia, etc.
Além disso, é comumente utilizada para dor e cicatrização no pós-operatório de LCA, artroplastias, reparo do manguito rotador e eventos traumáticos.
Como está sendo usada? – fonte – IBRAMED
O uso é feito com a variação do espectro. Para cada finalidade, uma luz. Exemplos:
O comprimento de onda azul/violeta é considerado bactericida (como a ação na Propionibacterium acnes) e fungicida é muito utilizado para tratamento de acnes e foliculite. Alguns estudos indicam a influência positiva da luz azul na remodelação de fibroblastos podendo ser benéfico também no tratamento de queloides, fibroses, dermatite seborreica e onicomicoses.
Em relação ao comprimento de onda verde, este inibe a ação dos melanócitos que promovem a hiperpigmentação cutânea. Além disso, possui relação direta na indução, proliferação e maturação das fibras de colágeno. Pode ser utilizado no tratamento de manchas e celulite.
Já o comprimento de onda âmbar promove a síntese de colágeno e elastina, auxiliando na elasticidade das fibras. Possui absorção direta pelos queranócitos, melanócitos e células de Merkel. Possui efeito calmante nos casos de rosácea, equimoses e auxilia na flacidez de pele.
O comprimento de onda vermelho possui efeito no reparo tecidual, estimulando a cicatrização. Tem efeitos na vasodilatação, expressão do colágeno e fatores de crescimento, tendo efeito na microcirculação sanguínea no local da aplicação. Pode ser utilizado na melhora da flacidez tissular, rugas e estrias, lipólise, cicatrização, celulite e na associação de terapias com microagulhamento e terapia capilar.
Por último, o comprimento de onda infravermelho possui ação na citocromo c oxidase (cromóforo mitocondrial) e água intracelular. Possui efeito anti-inflamatório e analgésico, sendo interessante para utilizar após procedimentos invasivos, celulites (para diminuir fibroses e edemas), cicatriz de acnes, lipólise, esvaziamentos dos linfonodos (drenagem linfática) e no tratamento de hipercromias.
Portanto, a fotobiomodulação é um recurso versátil tanto para a reabilitação quanto para a área de estética/dermatofuncional além de ser apresentar evidências científicas para os resultados encontrados.
No artigo da IBRAMED, você pode ver, também a utilização para Terapia Capilar, associada a outras terpias: Nesses últimos tempos, a utilização dessa modalidade em terapias capilares se mostrou muito eficaz, potencializando ainda mais os resultados quando associada com outras tecnologias como: Alta Frequência, Vapor de Ozônio e, até mesmo, Carboxiterapia.
A fototerapia promove, não somente a melhora dos fios de cabelo, mas também melhora a queda dos mesmos. E a melhor parte, NÃO é invasivo e é totalmente sem desconfortos. Para explicar como funciona, precisamos entender que é a própria luz (comprimentos de onda) que estimula o metabolismo das células locais ao penetrar no couro cabeludo. Com isso, temos a ação para eliminar as toxinas, absorver melhor os nutrientes, oxigenar toda a área aplicada e estimular o crescimento e fortalecimento dos fios, tanto os novos, quanto os já crescidos, pois, assim, há redução de inflamações (que podem causar quedas) no processo de cicatrização local.
FINALIZANDO
Na MI – Medicina Integrativa utilizamos muitos tratamentos regenerativos semelhantes para tratar a causa raiz dos sintomas. Não simplesmente mascaramos os sintomas com medicamentos e analgésicos — nós estimulamos a regeneração natural para ajudar o paciente a levar uma vida confortável, sem doença e sem dor.
ARTIGOS:
Fotobiomodulação: As aplicações clínicas da terapia de luz de baixa intensidade
Fotobiomodulação: Aspectos celulares, moleculares e clínicos
Nota: A laserterapia é um tratamento que utiliza um feixe de luz concentrado para fins terapêuticos, diagnósticos ou cirúrgicos. A palavra laser é a sigla para “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation”, que significa “Amplificação da Luz por Estimulação da Emissão de Radiação”.
Dra. Célia Wada – CRF SP 7043 / CRF RJ 34658