Em 27 setembro de 1979, a 1ª Reunião sobre Formação e Utilização de Pessoal de Nível Superior na Área da Saúde Pública, realizada na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília, mobilizou técnicos, profissionais, estudantes e professores de programas de Pós-Graduação em Medicina Social e Saúde Pública empenhados em fundar uma associação que congregasse os interesses dos diferentes cursos da área e que marcasse uma nova postura frente aos saberes e às práticas desse campo do conhecimento: a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – Abrasco. Passados 30 anos, a incorporação dos novos cursos de Graduação em Saúde Coletiva levou à mudança do nome da entidade para Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, definido em Assembleia Geral realizada em 13 de novembro de 2011.
A Abrasco foi criada com o objetivo de atuar como mecanismo de apoio e articulação entre os centros de treinamento, ensino e pesquisa em Saúde Coletiva para fortalecimento mútuo das entidades associadas e para ampliação do diálogo com a comunidade técnico-científica e desta com os serviços de saúde, as organizações governamentais e não governamentais e a sociedade civil. Sua forte participação na 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada de 17 a 21 de março de 1986, estabeleceu sua postura intransigente de defesa da proposta ali consagrada do Sistema Único de Saúde – SUS, aprovada na Constituição de 1988.
A Associação apoia e desenvolve projetos, seminários, oficinas e realiza os maiores congressos da área na América Latina, congregando mais de 7.500 congressistas em um único evento. Em atividades internacionais, como no XI Congresso Mundial de Saúde Pública, realizado no Rio de Janeiro em parceria com Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (WFPHA), em 2006, o público presente ultrapassou a marca de 12 mil participantes.
Ao longo de sua atividade, a Abrasco participou e segue presente em diversos espaços de representação social, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), e fóruns de Ciência e Tecnologia, mantendo voz ativa na formulação e no monitoramento das políticas públicas de saúde, de educação e de ciência e tecnologia.
Essas representações são lideradas por destacados pesquisadores da Saúde Coletiva, associados individuais à Abrasco e participantes dos seus Grupos Temáticos – GTs. Os membros dos GTs desenvolvem um importante trabalho de debate e de constituição de campos críticos dentro das discussões da saúde em instituições de ensino, pesquisa e serviço. A Abrasco reúne também associados institucionais – escolas, institutos e departamentos de Saúde Pública/Coletiva e Medicina Preventiva e Social – que constituem suas Comissões, responsáveis pela proposição de políticas para as grandes áreas do campo e promotoras de ações de cooperação estratégica com órgãos nacionais e internacionais.
A Associação ainda abriga duas importantes estruturas da formação em Saúde Coletiva: o Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, instituído em 1996, e o Fórum de Graduação de Saúde Coletiva, criado em 2011, além de redes deliberativas autônomas constituídas pelos programas de Pós-Graduação e pelos cursos de Graduação, respectivamente.
No plano internacional, a Abrasco mantém estreito diálogo com entidades como a Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (WFPHA), da qual é associada desde 2002, com a Associação Latino-Americana de Medicina Social e Saúde Coletiva (Alames), entre outras.
Na produção científica, a Associação é responsável pela edição de dois destacados periódicos: as revistas Ciência & Saúde Coletiva, de publicação mensal, e a Revista Brasileira de Epidemiologia, com edições trimestrais. Ambas as publicações cresceram em importância, em impacto, e em volume de artigos publicados desde sua criação, em 1996 e 1998, respectivamente. A indexação desses dois periódicos em bases de dados nacionais e internacionais traduz seu reconhecimento pela comunidade cientifica.
A ampliação dos programas de Pós-Graduação e o seu crescente destaque na comunidade acadêmica brasileira, o fortalecimento dos cursos de Graduação, a articulação entre entidades civis, científicas e movimentos sociais por melhores condições de vida e de saúde para a população brasileira e o posicionamento constante e firme em prol de uma atenção à saúde que respeite e congregue a diversidade humana, social e ambiental de nosso país e do mundo são indicativos do coerente caminho já trilhado pela Abrasco e da tendência de ampliação permanente de seus horizontes de atuação.
Missão
Apoiar indivíduos e instituições ocupados com o ensino de Graduação e Pós-Graduação, a pesquisa, a cooperação e a prestação de serviços em Saúde Pública/Coletiva, objetivando a ampliação da qualificação profissional o fortalecimento da produção de conhecimento e o aprimoramento da formulação de políticas de saúde, educação e ciência e tecnologia para o enfrentamento dos problemas de saúde da população brasileira.
Constituição
É constituída por instituições de ensino, pesquisa ou serviços que desenvolvem formação de trabalhadores graduados e pós-graduados em Saúde Coletiva (associados institucionais) e por pessoas que exercem atividades nessas áreas (associados individuais).
Organização
É conduzida por uma Assembleia Geral de associados, que se reúne ao menos uma vez a cada triênio; por uma diretoria e um conselho, eleitos a cada três anos; pelas comissões e grupos temáticos articulados nas principais subáreas temáticas que compõem o campo de Saúde Coletiva e pela Secretaria Executiva, estrutura responsável pelo apoio ao conjunto de suas atividades.
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