/
/
Saiba o que são as máscaras usadas para – PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Saiba o que são as máscaras usadas para – PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

O artigo tem a finalidade de esclarecer de forma bastante simples o que são mascaras de forma geral.

MÁSCARAS CIRURGICAS, MÁSCARAS/RESPIRADORES FACIAIS, FILTROS E PROTETORES RESPIRATÓRIOS

Por conta de estarmos vendo a grande quantidade de pessoas usando máscaras facial, e por conta de inúmeras solicitações de explicações em nosso e-mail, resolvemos fazer esse breve esclarecimento sobre o que popularmente chamamos de: MÁSCARAS

Muitas pessoas perguntam, tenho que usar a “máscara”? Qual o tipo? Quanto tempo? Quando? E etc…

A “máscara” é uma proteção. Que tipo de proteção?

Como em todas as nossas aulas e em todas as nossas explicações, a resposta sempre é a mesma: DEPENDE!

Vamos tentar explicar e esclarecer pontos básicos fundamentais tais como: o que é uma “máscara”, por que usar, quem deve usar, quando deve usar, como deve usar e acima de tudo: QUAL “MÁSCARA” USAR.

Digamos a princípio que a “máscara” seja uma proteção:

  • Proteção da pessoa – usamos máscara quando estamos sujeitos a algum agente que possa colocar em risco a nossa saúde.
  • Proteção de terceiros – usamos máscara quando nós temos ou podemos ter um agente que possa colocar em risco a saúde daquele que está perto de nós.

IMPORTANTE:

O meio ambiente é um dos fatores que nos auxiliam na obtenção da saúde ou na perda dela. Exemplo a qualidade do ar, da água, as temperaturas externas, os campos eletromagnéticos, etc. são de extrema importância para a saúde, o bem estar e a qualidade de vida.

Agora falaremos especificamente do AR. Nunca paramos de respirar. É fundamental, a QUALIDADE do ar que respiramos para a manutenção de nossa saúde e, às vezes, as pessoas não se dão muito conta disso.

Voltando às “Máscaras” – Vamos começar pelo básico:

O que são máscaras: PRIMEIRAMENTE – Qual a definição básica de máscara:

Significado de Máscara – Artefato de papelão, pano, madeira, couro etc., com que se cobre o rosto para disfarce: exemplo as máscaras de carnaval.

Então temos que as máscaras são objetos que cobrem o rosto funcionando como barreiras.

As máscaras de carnaval, por exemplo, fazem uma barreira na identificação das pessoas

Vamos agora entender o que são as MÁSCARAS PARA SEGURANÇA

O QUE É UMA MÁSCARA DE SEGURANÇA: como o próprio nome já diz, é uma máscara ou um equipamento que vai promover a segurança ou seja, a PROTEÇÃO.

Temos aqui a seguinte classificação dependendo da utilização:

A MÁSCARA DE PROTEÇÃO é conhecida pelo termo correto que é PFF – PEÇA FACIAL FILTRANTE

Temos também, o produto que chamamos de PROTETOR RESPIRATÓRIO que, como o nome diz, serve de barreira de proteção para o aparelho respiratório.

Daremos abaixo as explicações de cada produto.

Voltando a pergunta: tenho que usar a máscara? Qual o tipo? Quanto tempo? Quando? Por quê?

Resposta: DEPENDE!

A “máscara” vai oferecer segurança ou proteção para quem?

ALERTA - De uma forma geral, as pessoas que estão de “máscara” se sentem protegidas, mas...será que estão mesmo?

Nas classificações técncias temos: Máscaras cirúrgicas, Máscaras ou respiradores denominados –  PFF  – Peça Facial Filtrante, que normalmente são descartáveis, não possuindo nenhum tipo de manutenção, os Filtros P e os  Protetores Respiratórios.

Vamos explicar mais detalhadamente cada um, mas já esclarecendo:

Máscara cirúrgica – protege o paciente de fluidos do atendente (médico, enfermeiro, farmacêutico ou outros). São descartáveis.

PFF – Peça Facial Filtrante – protege o indivíduo de agentes externos – o próprio respirador é um meio filtrante. O corpo do produto é o meio filtrante responsável por não deixar os contaminantes do ambiente entrarem em contato com o sistema respiratório do usuário. São descartáveis.

Filtros – protege o indivíduo de agentes externos – são respiradores utilizados com máscaras semifaciais elastoméricas ou faciais inteiras. O conjunto é responsável por não deixar os contaminantes do ambiente entrarem em contato com o sistema respiratório do usuário. O conjunto não é descartável.

Protetor Respiratório –  protege o paciente de fluidos do atendente (médico, enfermeiro, farmacêutico, ou outros) – O próprio respirador é a barreira, não existindo a filtragem sendo que o corpo do protetor não deixa os contaminantes do ambiente entrarem em contato com o sistema respiratório do usuário (impermeável) apenas de forma direta não funcionando como um filtro e a barreira interna não permite que o fluido do usuário se espalhe pelo ambiente. São descartáveis podendo ser lavados sob observação técnica.

Resumindo – A máscara cirúrgica é uma barreira do usuário para proteger o meio externo, os respiradores PFF e os filtros P são para proteger o usuário contra agentes externos sendo que a principal diferença entre os filtros PFF e P é justamente a forma de utilização: enquanto os respiradores PFF são o próprio filtro, os filtros P1, P2 e P3 são utilizados com máscaras semifaciais elastoméricas ou faciais inteiras, sendo que nestes casos se substitui o filtro, e não a máscara e o Protetor Respiratório é uma barreira não filtrante impermeável que protege o meio ambiente do usuário e o usuário do meio  ambiente direto, não filtrado.

MAIS DETALHES:

RESPIRADORES OU FILTROS:

Protegem o usuário do ambiente externo.

A diferença entre os respiradores P1,P1, P2 E PFF1, PFF2 e PFF3 é a eficiência

  • PFF1/P1 –  Possuem eficiência mínima de 80% (Penetração máxima de 20%)
  • PFF2/P2 –  Possuem eficiência mínima de 94% (Penetração máxima de 6%)
  • PFF3/P3 –  Possuem eficiência mínima de 99% (Penetração máxima de 1%)

O fator de proteção atribuído (FPA) são os mesmos para: respiradores semifaciais com filtro P2 e para respiradores modelo PFF2.

  • PFF1/ P1: Poeiras e/ou Névoas (aerossóis mecanicamente gerados) 
  • PFF2/ P2: Fumos (aerossóis termicamente gerados) e/ou Agentes Biológicos 
  • PFF3/ P3: Particulados altamente tóxicos (LT<0,05 mg/m³) e/ou de toxidez desconhecida

Outros componentes dos respiradores:

O carvão ativo permite reduzir certos tipos de gases e vapores em baixa concentração (gases orgânicos de decomposição, odores incomodativos) .

Válvula de exalação extragrande (que permite expulsar o ar do interior do respirador em maior medida, reduzindo a acumulação de ar quente e humidade do interior do respirador.

Resistência ao tipo de aerossol

Os respiradores descartáveis são classificados em 2 tipos de resistência ao aerossol:

 Resistentes a aerossóis à base de água. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de água;

 Resistentes a aerossóis base de água e oleosos. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de água e oleosas.

Sendo assim, os respiradores terão em suas embalagens e produto as seguintes marcações:

PFF1(S), PFF1(SL), PFF2(S), PFF2(SL), PFF3(S) ou PFF3(SL), conforme sua eficiência e resistência ao tipo de aerossol determinado.

Para melhor compreensão deste assunto, podemos dizer que partículas sólidas à base de água são todas aquelas que não possuem óleo ou outro líquido diferente de água em sua composição, sendo assim, enquanto para cimento Portland® utiliza-se uma PFF2(S), em ambientes de usinagem industrial com presença de óleo no ambiente deve-se utilizar uma PFF2(SL). Para ambos os casos é necessário ter como referência o Programa de Proteção Respiratória da Fundacentro para a correta indicação do respirador.

Os respiradores descartáveis são encontrados em diversos formatos, isto é, podem ser semifaciais dobráveis, conformadas (tipo concha), painéis ou outros. Importante ressaltar que o formato não influencia na eficiência da proteção respiratória, somente gera percepções de conforto ao usuário de acordo com a geometria do rosto e frequência respiratória

Um respirador ou uma máscara respiratória facial, é considerado um equipamento de proteção individual (EPI) desenvolvido para filtragem e separação de partículas como poeiras, nevoas, fumaça, vapores de produtos químicos, vapores orgânicos, gases maléficos a respiração humana do oxigênio respirado pelos pulmões. Para cada tipo composto é necessário um tipo de proteção, ou seja, deverá ser utilizado um filtro específico daí a grande variedade de respiradores ou filtros P.

PROTETOR RESPIRATÓRIO:

O protetor respiratório P100 foi desenvolvido inicialmente para utilização em Salas Limpas não havendo formação de particulados.

Ainda em testes para utilização em aéreas estéreis, com esterilização por óxido de etileno.

O P100 é utilizado como barreiras internas por conta de sua formatação externa impermeável.

É um protetor de contenção.

É extremamente resistente aos aerossóis do usuário.

O sistema de impermeabilização externa assegura a não dispersão dos aerossóis retidos na camada interna, não ocorrendo a dispersão no ar.

O sistema assegura a não dispersão dos aerossóis advindos do usuário. Especial para pacientes com suspeita e agentes infecciosos.

Protege o paciente de fluidos do atendente (médico, enfermeiro, farmacêutico ou outros)

Dublado com Tecido 100% Poliéster;

Tipo de Agarramento – Elástico Lavável – vida útil 5 lavagens para manutenção de absorção.

MÁSCARAS CIRÚRGICAS:

A máscara cirúrgica foi introduzida em 1897 por um médico alemão. Sua função é impedir que os microrganismos existentes na boca e nariz da equipe cirúrgica depositem-se sobre o campo operatório. A evidência científica do seu emprego foi confirmada na década de 20, quando cepas de estreptococo foram isoladas na ferida do paciente e na orofaringe da equipe. Principalmente depois da epidemia de AIDS foi também enfatizado o seu papel protetor para o profissional de saúde, contra a contaminação via sangue e fluídos corpóreos originários do paciente.

Atualmente os hospitais no mundo chegaram à era da restrição de custos e com isto, práticas tradicionais de controle de infecção estão sendo revisadas.

As máscaras cirúrgicas são empregadas em quase todos os hospitais, centros médicos, pessoas acometidas de estados gripais ou com baixa imunidade

As máscaras cirúrgicas sofreram muitas alterações desde sua implantação há mais de 100 anos, envolvendo tanto sua forma quanto sua composição. Infelizmente não existe um método padronizado para se avaliar sua capacidade filtrante. Em 1967, Ford e colaboradores avaliaram 14 máscaras distintas aplicando um amostrador de Andersen e placas de Agar, observando uma ampla variação na capacidade filtrante (15,6 e 99,7%). Estudo de Dineen publicado em 1974 confirmou esta grande variabilidade e surpreendentemente observou que o uso prolongado das máscaras não afetava sua eficiência, mesmo quando ela ficava úmida. Em 1980, Há´ri e Wiley utilizando albumina marcada, identificaram a passagem destas partículas pelas bordas da máscara e a consequente presença na ferida cirúrgica. Segundo os autores, “a despeito da alta capacidade filtrante de muitas máscaras cirúrgicas, sua efetividade continua como um item não resolvido”.

A exposição da equipe cirúrgica e mesmo odontológica ao sangue e aos fluídos corpóreos não é rara, sendo que 26,0% dos acidentes envolvem a face. Vários procedimentos realizados geram aerossóis que podem conter partículas infectantes, particularmente vírus, que podem chegar à boca ou à cavidade nasal da equipe de saúde, vencendo a capacidade filtrante das máscaras ou passando através de falhas na selagem com a face. As máscaras apresentam grandes variações em sua capacidade filtrante ou selagem com a face. A Association of Operating Theatre Nurses (AORN) recomenda o uso de máscaras e protetores oculares sempre que uma exposição da face for possível, embora se adverte para o risco de aspiração dos fluídos corpóreos, a partir de máscaras úmidas. Máscaras acopladas com protetor ocular têm sido empregadas.

Em nosso entendimento, todas as pessoas que entrem nas áreas restritas do centro cirúrgico, devem utilizar máscara quando itens e equipamentos estéreis estiverem expostos, assim como em espaços onde os pacientes estejam mais debilitados como UTI e semi UTI.

Outras considerações sobre as máscaras cirúrgicas:

1-O uso da máscara cirúrgica não é indicado para pessoas sem sintomas respiratórios (principalmente, tosse e espirro). As máscaras não são eficientes para filtrar o ar ambiente. Ela apenas impede que o vírus se espalhe no ar quando a pessoa infectada tosse ou espirra.

2-A máscara não evita que o vírus entre em contato com quem a utiliza

A máscara é eficaz para diminuir a dispersão das gotículas e fluidos contendo, por exemplo, o coronavírus no ar quando uma pessoa infectada espirra ou tosse. Entretanto, a máscara não evita que os vírus que já estão no ambiente entrem em contato com quem a utiliza.

Por ser muito pequeno, o vírus disperso no ambiente pode depositar sobre a máscara e atravessar seus poros ou entrar pelas suas laterais, uma vez que a máscara cirúrgica não se ajusta completamente ao rosto.

3- Pessoas que utilizam a máscara passam a se descuidar

As pessoas que utilizam a máscara passam a se descuidar de cuidados essenciais para a prevenção da infeção pelo novo coronavírus, como a lavagem das mãos, a recomendação de não tocar os olhos, o nariz e a boca e de utilizar álcool gel quando não for possível lavar as mãos.

Quem deve utilizar a máscara cirúrgica

1.Pessoas com sintomas da COVID-19 ou outras viroses, infecções bacterianas ou patologias infecto contagiosas.

Pessoas com sintomas de COVID-19, como tosse, febre, falta de ar e dor de garganta é indicada a utilização da máscara cirúrgica. Mesmo pessoas com suspeita de COVID-19 sem a confirmação, devem utilizar a máscara cirúrgica.

2.Mães que estão amamentando
Até o momento, não há estudos que comprovem que o coronavírus possa ser transmitido pelo leite materno. Deste modo, a amamentação deve ser mantida, pois seus benefícios são fundamentais para o bom desenvolvimento do recém-nascido e da criança.

Durante o período de amamentação é importante garantir condições mínimas de higiene e proteção.
Antes de tocar o bebê e antes e depois de cada mamada, a mulher deve lavar as mãos com água e sabão durante pelo menos 20 segundos. Além disso, deve usar a máscara cirúrgica durante a amamentação, evitando tocar na boca, nariz e olhos da criança.

Evite falar ou tossir enquanto estiver amamentando seu bebê. Em caso de tosse ou espirro a máscara deve ser trocada imediatamente. Além disso, use uma máscara nova a cada amamentação.

As mães que fazem a ordenha do leite com bomba manual ou elétrica devem lavar as mãos com água e sabão antes de tocar em qualquer parte da bomba ou da mamadeira e realizar uma adequada limpeza e desinfecção da bomba e seus materiais após cada utilização.

Em caso de dúvidas, ligue para o Disque Saúde pelo número 136 ou para o telefone do Banco de Leite Humano mais próximo da sua casa. Outras patologias devem ser consultadas antes da amamentação.

3. Cuidadores de pessoas com sintomas da COVID-19, outras viroses e infecções diversas e profissionais de saúde

Para cuidar das pessoas com sintomas de COVID-19, profissionais de saúde e cuidadores estão em constante contato próximo com os pacientes daí, a máscara cirúrgica deve ser substituída pelo respirador N95 – PFF2

Em alguns casos, a distância entre o paciente e o cuidador ou profissional de saúde é inferior a 1 metro, o que facilita a transmissão do vírus o que reitera o uso do respirador N95

É sempre importante lembrar que somente o uso da máscara não é suficiente para evitar a contaminação pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) ou outras moléstias infecto contagiosas.

Manter as medidas de higiene como lavar as mãos é indispensável.

Como a máscara deve ser utilizada:

A máscara deve ser usada seguindo as orientações:

  1. Antes de colocar a máscara, lave bem as mãos.
  2. Coloque a máscara cuidadosamente para cobrir boca e nariz e amarre com segurança para minimizar os espaços entre o rosto e a máscara.
  3. Enquanto estiver em uso, evite tocar na máscara.
  4. Para retirar a máscara, não toque na parte da frente. Remova sempre puxando a parte de trás;
  5. Após a remoção, despreze a máscara usada em um lixo fechado.
  6. Lave as mãos após desprezar a máscara.
  7. Troque a máscara assim que ela ficar úmida. Use uma nova máscara limpa e seca.
  8. Não reutilize máscaras descartáveis.

IMPORTANTE:

Posso usar máscaras de pano?

Não. Não há comprovação científica sobre a eficiência das máscaras de tecido. Além disso, o material utilizado para confeccioná-las é inadequado.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a utilização das máscaras de tecido em nenhuma situação.

Ainda não há estudos que provam os benefícios das máscaras por pessoas saudáveis. Pelo contrário, há estudos que mostram que as pessoas podem se contaminar tocando uma máscara infectada que estavam usando ou retirando incorretamente.

Use a máscara apenas nos casos que foram indicados. Em caso de dúvidas, procure informações nos sites das autoridades sanitárias de seu país e região (Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde) ou, fale conosco.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *