Conitec aprova cirurgia sem corte para tratamento de câncer no SUS – Ablação percutânea por radiofrequência

Conitec aprova cirurgia sem corte para tratamento de câncer no SUS – Ablação percutânea por radiofrequência

IMPORTANTE: Conitec aprova cirurgia sem corte para tratamento de câncer no SUS

(Ablação é um procedimento médico que destrói tecidos anormais)

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (ConitecSUS) aprovou a inclusão da ablação, um tipo inovador de cirurgia sem corte, no SUS. Pacientes que enfrentam câncer hepático em decorrência de um tumor colorretal poderão receber o tratamento. O Ministério da Saúde tem o prazo de 180 dias para efetivar a oferta deste tratamento no SUS; a data limite é 4 de setembro. No Sistema Suplementar de Saúde (planos de saúde e seguradoras) a ablação também será oferecida e deve chegar antes para os segurados.

“A Sobrice tem buscado procedimentos mais acessíveis para a população; é uma bandeira da entidade promover o acesso. As duas frentes de trabalho envolvem a compatibilização do probe de ablação para o tratamento do carcinoma hepatocelular (CHC) no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos e OPM do SUS e a inclusão da terapia ablativa para o tratamento da metástase hepática de tumor colorretal na rede pública”, explica o Luiz Sérgio Grillo, diretor de defesa profissional da Sobrice e responsável pela incorporação de novas tecnologias.

Inicialmente, a técnica vai abranger os dois tipos mais frequentes: a metástase hepática e o carcinoma hepatocelular. A metástase hepática de um tumor colorretal ocorre quando há a propagação do câncer a partir do seu local de origem para o fígado. Por outro lado, o carcinoma hepatocelular é um câncer primário do fígado, frequentemente associado à cirrose e à hepatite viral crônica.

A ablação já é usada no tratamento contra o câncer e é considerada um procedimento minimamente invasivo, que oferece ao paciente uma alternativa bem mais rápida e segura. Durante a ablação, uma agulha é inserida no tumor com o auxílio de equipamentos modernos de imagem, como ultrassom ou tomografia. Uma vez inserida, a agulha esta promove a geração de calor que pode ser pelo fenômeno de radiofrequência ou micro-ondas, com o objetivo de destruir as células cancerígenas. O calor aplicado durante a ablação causa danos irreversíveis ao tecido tumoral e é visto como uma importante e inovadora ferramenta da medicina.

“A ablação é amplamente utilizada no tratamento do câncer de fígado, tanto o primário quanto nas metástases. Com a inclusão no SUS, mais pacientes vão se beneficiar. A terapia ablativa preserva o órgão do paciente, oferecendo a ele mais qualidade de vida e uma perspectiva de um tratamento que traz resultados palpáveis. Por exemplo: para uma pessoa que teve câncer em um dos rins, passou por cirurgia, retirou o rim e, depois de um tempo, é constatado que há outra no outro tumor no rim remanescente, a ablação é a melhor opção para que o órgão desse paciente seja preservado. A princípio, o procedimento estará disponível para pacientes com tumor no fígado, mas nosso objetivo é ampliar”, destaca Luiz Sérgio Grillo.

Os procedimentos abordados incluem: termoablação percutânea de metástases hepáticas de câncer colorretal guiada por ultrassonografia e/ou tomografia computadorizada, por radiofrequência de metástases hepáticas de câncer colorretal por laparotomia e por videolaparoscopia.

A ablação oferece vantagens significativas em comparação com outras formas de tratamento para certos tipos de cânceres. O procedimento pode ser realizado com sedação anestésica, pormenorizando a necessidade de anestesia geral, o que reduz os riscos associados a este tipo de anestesia. Por ser um procedimento guiado por imagem, a ablação permite uma precisão excepcional no direcionamento do tratamento, minimizando danos aos tecidos saudáveis circundantes. Na grande maioria dos casos, destaca Grillo, o paciente entra e sai do hospital no mesmo dia.

MATÉRIA COMPLETA:

Conitec aprova cirurgia sem corte para tratamento de câncer no SUS

OUTROS LOCAIS:

Hospital da Capital realiza pelo SUS procedimento inovador e pouco invasivo para tratar câncer

LOCAL – Hospital Conceição fica em Porto AlegreCamila Hermes / Agencia RBS

03/01/2023

ABLAÇÃO PERCUTÂNEA POR RADIOFREQUÊNCIA

Técnica disponível em poucos locais na rede pública pode reduzir a zero alguns tumores maligno.

Hospital da Capital realiza  pelo SUS procedimento inovador e pouco invasivo para tratar câncer  https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2023/01/hospital-da-capital-realiza-pelo-sus-procedimento-inovador-e-pouco-invasivo-para-tratar-cancer-clcau8xj3005f0182ohn8uqif.html

Técnica disponível em poucos locais na rede pública pode reduzir a zero alguns tumores malignos

O nome da técnica — ablação percutânea por radiofrequência — é difícil, mas o benefício para o paciente é positivo na mesma proporção. O procedimento promete desmanchar um tumor maligno em uma cirurgia minimamente invasiva. E é realizado, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Porto Alegre.

No Rio Grande do Sul, a técnica é disponibilizada para pacientes oncológicos no Hospital Conceição, e a oferta deve ser ampliada a partir de fevereiro de 2023. Na semana passada, terça-feira (27), três pacientes com câncer passaram pelo procedimento, dois com alta no mesmo dia. O terceiro saiu do hospital na quinta-feira seguinte (29).

Antes, o procedimento havia sido testado com sucesso em duas ocasiões, ainda em 2021, no Hospital Conceição. Poderão usufruir do serviço a partir de 2023 os pacientes do SUS encaminhados pelas redes municipal e estadual, reguladoras do atendimento oncológico.

Atualmente o procedimento é oferecido na rede privada e em alguns poucos locais na rede pública do país.

Como funciona

Dentro da tomografia computadorizada, uma agulha de radiofrequência com cerca de 1 mm de diâmetro é colocada no paciente e chega até a lesão do órgão, de maneira precisa, conforme explicou Eduardo Medronha, coordenador da equipe de radiologia intervencionista do Conceição.

Após a introdução por punção e chegada até a lesão, a agulha é ligada a um gerador que esquenta sua extremidade, destruindo o tumor existente por calor.

O procedimento é uma boa opção para lesões malignas de até 3cm, principalmente no rim e no fígado. A ablação percutânea por radiofrequência pode beneficiar pacientes que tenham alguns tipos específicos de tumores pulmonares, de glândula suprarrenal ou benignos da tireoide. No futuro, deve se expandir para outros órgãos.

Outra vantagem desse procedimento é o tempo dentro do hospital. Em geral, segundo o coordenador da equipe de radiologia intervencionista, o paciente pode ser liberado no mesmo dia da cirurgia, proporcionando um retorno mais rápido à rotina normal.

— O resultado do tratamento de pequenas lesões, do ponto de vista oncológico, é o mesmo da cirurgia tradicional ou robótica, curando cerca de 100% dos pacientes, mas a grande diferença está na preservação do órgão, algo muito importante quando o paciente já não tem um dos rins. Esse é o caso de dois de nossos pacientes que passaram pelo procedimento nesta semana. Um de 83 anos, que teve alta no mesmo dia, e outro com 29 anos — explica Eduardo Medronha.

OUTROS LOCAIS PESQUISADOS:

Ablação Percutânea: Técnica trata diversos tipos de tumores – 21/07/2020

O Hospital Erasto Gaertner realiza a técnica de Ablação Percutânea, um método eficaz e seguro, realizado por um médico radiologista intervencionista certificado.

A Ablação Percutânea é um procedimento capaz de destruir células cancerígenas por meio da introdução de agulhas longas que oferecem energia (calor ou frio) na região do tumor e mantém os tecidos adjacentes saudáveis.

Lesões hepáticas, renais, pulmonares e ósseas podem ser tratadas por meio desta técnica, além da indicação em algumas lesões benignas, como nódulos de tireóide e miomas uterinos.

Indica-se o procedimento nos casos de pacientes que não podem ser submetidos a cirurgias maiores por questões de doenças associadas; pacientes com tumores com dimensões não muito grandes (nestes casos, os resultados são semelhantes às cirurgias habituais) e, em alguns casos, pode ser complementar ao tratamento quimioterápico ou cirúrgico.

A Ablação Percutânea, por ser uma técnica minimamente invasiva e sem cortes, permite que o paciente tenha uma recuperação mais rápida, pois há menor perda sanguínea, menos risco de infecções hospitalares e menos dor pós-procedimento.

MAIS SOBRE ABLAÇÃO:

TRABALHO CIENTÍFICO:

Ablação por radiofrequência de tumores hepáticos primários e metastáticos: experiência em 113 casos

A ablação por radiofreqüência de tumores hepáticos primários e metastáticos é método efetivo para o tratamento paliativo de tais neoplasias. Pode ser utilizada em nódulos com até 3-4 cm de diâmetro e não mais do que três lesões a serem tratadas. É procedimento passível de execução via laparotômia, laparoscópica e percutânea. Freqüentemente vem sendo aplicado como ponte para o transplante, assim como método alternativo nos tumores recorrentes após ressecção.

OBJETIVO: Apresentar a experiência alcançada em uma série de pacientes onde a ablação por radiofreqüência foi utilizada. MÉTODOS: Foram estudados 113 casos nos quais a ablação por radiofreqüência foi aplicada por via percutânea ou por meio de laparotomia no tratamento de 170 lesões. O grupo foi composto por 43 casos de carcinoma hepatocelular, 53 de metástase de tumor colorretal, seis de metástases de carcinoma neuroendócrino, quatro de metástase de tumor de mama, quatro de colangiocarcinoma; um de metástase de tumor de pâncreas; um metástase de tumor renal e um de metástase hepática de leiomiosarcoma.

RESULTADOS: A média de lesões tratadas foi de 1,5 por caso com tamanho médio de 3,6 cm por lesão. Foram os seguintes segmentos acometidos: segmento I (n=7), II (n=5), III (n=6), IV (n=39), V (n=10), VI(n=11), VII (n=50) e VIII (n=42). A morbidade associada ao método foi de 26,5% e a mortalidade de 3,5%. Observou-se taxa de recorrência após o procedimento de 17,6% em média 10,6 meses após a ablação.

CONCLUSÃO: A ablação por radiofreqüência é procedimento seguro que pode ser utilizado em pacientes com reserva hepática comprometida. Nas doenças metastáticas o procedimento não substitui o tratamento operatório e o uso de outros métodos de controle mas mostra benefícios na evolução dos pacientes.

Neoplasias hepáticas; Ablação por cateter; Cateter

RESUMO – A ablação por radiofreqüência de tumores hepáticos primários e metastáticos é método efetivo para o tratamento paliativo de tais neoplasias. Pode ser utilizada em nódulos com até 3-4 cm de diâmetro e não mais do que três lesões a serem tratadas. É procedimento passível de execução via laparotômia, laparoscópica e percutânea. Freqüentemente vem sendo aplicado como ponte para o transplante, assim como método alternativo nos tumores recorrentes após ressecção.

TRABALHO COMPLETO ABLAÇÃO POR RADIOFREQUÊCIA DE TUMORES HEPÁTICOS

Material enviado por Dra. Célia Wada – CRF SP 7043 / CRF RJ 34658

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