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Data de validade em cosméticos – é preciso respeitar
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Data de validade em cosméticos – é preciso respeitar

DATA DE VALIDADE EM COSMÉTICOS NÃO É SÓ UM NÚMERO, É PRECISO RESPEITAR.

É extremamente importante entender o por que da data de validade dos produtos. Aqui, VAMOS FALAR DE COSMÉTICOS – a maioria dos produtos tem uma vida útil de dois a três anos, mas existe uma série de variáveis que indicam a rapidez com que um produto irá expirar, incluindo os ingredientes e quaisquer conservantes usados na fórmula.

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Vida útil x data de validade
A vida útil e a data de validade não são a mesma coisa. A data de validade do seu produto é o prazo garantido pela empresa para a estabilidade da fórmula, mas ele pode sofrer alteração no momento em que você abre o produto. Procure o rótulo PAO – ou período após a abertura. O símbolo parece um frasco aberto. Ele indica a vida útil do produto depois de aberto, que é normalmente entre seis meses a um ano.
“De modo geral, é necessário ficar atento às alterações de cor, textura, e cheiro dos produtos. Essas mudanças geralmente indicam oxidação dos ativos, o que torna o produto ineficaz, ou crescimento de microrganismos, que pode causar reações alérgicas”, explica a médicdermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Segundo a farmacêutica Maria Eugenia Ayres, pós-graduada em Farmacologia Clínica e Gestora Técnica da Biotec, há dois motivos principais que tornam fundamentais a determinação do prazo de validade dos cosméticos: a perda da efetividade do produto e a intolerância. “Por exemplo, com o passar do tempo um creme despigmentante pode perder sua capacidade de clarear, assim como um protetor solar de proteger dos raios solares. Intolerâncias, reações alérgicas ou infecções também podem acontecer em razão do tempo prolongado de armazenamento”, explica. “Conservantes são substâncias adicionadas a esses produtos a fim de aumentar a sua durabilidade – sendo um dos fatores que interferem no prazo de validade, evitando o crescimento de microrganismos”, acrescenta.

A cosmiatra, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle, Ludmila Bonelli, completa: “Prazo de validade é o tempo em que um produto pode ser armazenado e manter qualidade e confiabilidade. Após o fim do prazo, a qualidade do produto pode ser prejudicada e o fabricante não se responsabilizar mais pelo item. Sendo assim, é importante que o consumidor seja informado sobre o prazo de validade do produto cosmético que pressupõe a data até a qual o produto continua a cumprir a sua função inicial e permanecer seguro. Durante o tempo de validade, o produto cosmético deve cumprir os requisitos necessários para a sua utilização, sendo garantida a sua qualidade e segurança”.

Mas como se chega a uma data?
Segundo Maria Eugenia, o prazo de validade depende de diversos fatores intrínsecos e extrínsecos: a composição da fórmula, as condições de higiene ao longo do processo produtivo, condições de armazenamento, os métodos de processamento e até o tipo de embalagem utilizada. Além disso, existem quatro parâmetros que influenciam diretamente na vida útil de um produto, são eles: o microbiológico, o físico-químico, o bioquímico e o sensorial.

“O processo que estabelece as validades engloba as análises de estabilidade desses produtos cosméticos. São estudos feitos para determinar as informações que indicam a estabilidade relativa de um produto nas diversas condições a que são expostos, desde o período de fabricação até o vencimento da validade. Por isso, esses testes, realizados em condições controladas de temperatura e umidade, são muito importantes”, afirma a farmacêutica.

O procedimento para definir esse prazo é realizado da seguinte forma: o produto é exposto a diversas temperaturas, altas e baixas, até que uma das suas características saia do padrão desejado. Assim, é possível estimar em quanto tempo essa degradação ocorreria em condições normais, tanto de um produto fechado quanto de um aberto. Periodicamente, as amostras são coletadas e, então, são realizados os testes microbiológicos e sensoriais.
“Os testes microbiológicos têm por objetivo verificar se a quantidade de microrganismos presentes ao longo do tempo está dentro do limite estabelecido pela Anvisa. Nos testes sensoriais, textura, aparência, odor e cor são analisados. Esses testes garantem a integridade do produto, mesmo que seguros microbiologicamente (em alguns casos o produto ainda se mantém dentro dos limites permitidos de microrganismos), suas características sensoriais já não são similares ao padrão exigido”, afirma Maria Eugenia.

Ludmila conta que os ingredientes dos produtos são divididos entre ativos (que de fato vão trazer o resultado proposto) e conservantes (que prolongam a validade, evitando a oxidação dos ativos e a contaminação) e ambos vão perdendo a eficácia ao longo do tempo. Com isso, o risco de oxidação e contaminação vai aumentando.

“Para cada matéria-prima utilizada na formulação desses produtos existe uma característica particular e individual para que se estipule uma data de validade. Produtos cosméticos normalmente têm uma durabilidade mínima inferior a 30 meses, e que deve ser indicada no rótulo como uma data limite de utilização. Esta informação deve ser mencionada por meio de símbolo ou em seguida da data, em dia/mês/ano ou mês/ano”, explica a cosmiatra.

Segundo a Resolução N° 79 de 2000 do Ministério da Saúde e suas atualizações, e a Lei 8.078/90 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor- o prazo de validade, antes de ser um requisito legal, é, sobretudo, um requisito técnico de qualidade, pois um produto instável do ponto de vista físico-químico, microbiológico ou toxicológico, além da perda de eficácia poderá também causar algum dano e comprometer a confiabilidade frente ao consumidor. A partir da realização de todos os testes citados acima consegue-se estabelecer a data de validade de um cosmético industrializado.

Data não é colocada à toa
Mas se o produto venceu no dia 20, não posso mesmo usá-lo no dia 25? “A primeira regra sobre a validade de cosméticos é clara: tem que respeitar a data, sim. O prazo de validade em uma embalagem não é informado à toa. Ele que garante a eficácia e segurança dos ingredientes”, adverte Ludmila. Já Maria Eugenia lembra que, após a expiração do prazo de validade, não é possível garantir as concentrações dos ativos na formulação e que, além disso, também há o risco de reações alérgicas como coceiras, vermelhidão ou até mesmo irritação dos olhos.

Alguns itens mais sensíveis expiram mais rapidamente? Maria Eugenia conta que cosméticos que possuem na composição derivados de gordura e óleo são sensíveis à oxidação, assim como aqueles à base de vitamina C, hidroquinona e ácidos, que também expiram mais rapidamente por este motivo. A oxidação de ingredientes em produtos cosméticos pode gerar problemas como alteração de cor e odor, além da rancificação de óleos e gorduras.

Maquiagem demora mais para “expirar” que cremes?
Maria Eugenia lembra que há diferentes tipos de validades e que variam de acordo com os itens de maquiagens. Normalmente, produtos para área dos olhos, como máscara para cílios, têm uma validade menor que um produto para os lábios como um batom, por exemplo. A forma como se guarda a maquiagem também pode interferir na durabilidade do produto. “Maquiagens guardadas em banheiros, ou dentro de lugares quentes como o carro, apresentam uma validade menor”.

Séruns e hidratantes, por exemplo, segundo Paola, tendem a durar cerca de um ano desde a abertura, mais ou menos, dependendo da fórmula e dos ingredientes usados. Produtos que contêm óleos essenciais, por exemplo, podem se degradar mais rápido, especialmente quando armazenados de forma incorreta, o que pode torná-los menos eficazes. “Se você não tiver certeza se o seu sérum ou hidratante expirou, verifique como sua pele reage a ele em comparação com quando você começou a usá-lo – frequentemente, hidratantes vencidos não serão tão hidratantes. Além disso, mudanças na textura (como separação) ou mudanças no odor de seu produto podem indicar que pode ser hora de renová-lo”, afirma a médica.
Outro item importante para os cuidados com a pele: protetor solar. “Pela lógica, é o produto que mais devemos utilizar. Afinal, sua aplicação é diária e a reaplicação de pelo menos duas vezes ao dia se faz necessária. Então, ele não deveria entrar em questão quando o assunto é vida útil”, diz a médica. “Se você criar o hábito de usá-lo todo dia, não precisará pensar se deve ou não utilizar um protetor solar aberto no verão passado (porque ele teoricamente já teria acabado)”, afirma a médica.

Mas se você percebeu alguma mudança na textura, cor ou cheiro desse produto, o melhor a fazer é descartá-lo. “O filtro solar tem se mostrado eficaz na prevenção do câncer de pele, que pode ser fatal em alguns casos. Realmente não vale a pena correr o risco. Use um produto que você tenha a segurança de que está realmente te protegendo”, diz Paola.

Quais erros as pessoas mais cometem ao armazenar os produtos?
Os erros mais comuns, como os citados acima por Maria Eugenia, são guardar produtos em lugares úmidos como banheiros, ou, ainda, deixar a nécessaire de produtos dentro de locais quentes, como os automóveis. Ludmila cita outros:
– Deixar o produto aberto ou não fechá-lo totalmente; isto pode oxidar a formulação e, assim, ocorrer a perda de resultado;
– Usar dedos e mãos para retirar o produto da embalagem: a contaminação por bactérias existentes pode ser repassada aos produtos e contaminá-los;
– Deixar o produto no sol ou na claridade: a luz ou o calor podem interferir na formulação do produto;
– Carregar o produto sempre na bolsa.

Ela afirma que é fundamental garantir o armazenamento correto dos cosméticos, de modo a preservar a durabilidade de cada um deles. Sempre deixe-os em locais ventilados, sem claridade e longe do calor ou do sol. Portanto, nada de mantê-los no banheiro ou em uma penteadeira que seja alcançada por raios do sol.

Outro ponto importante que a farmacêutica destaca é a importância dos conservantes. Eles aumentam a vida útil dos produtos, garantindo a segurança e prevenindo a perda de eficácia. São adicionados às formulações para evitar a proliferação de microrganismos capazes de prejudicar o aspecto do cosmético e comprometer a segurança: “A utilização dos conservantes é necessária, pois não existe um ambiente 100% estéril para fabricação de qualquer produto. Dessa forma, bactérias, fungos e leveduras podem degradar substâncias presentes e deteriorar o cosmético, fazendo com que ele mude de textura, cor e odor. Cosméticos formulados sem conservantes apresentam uma durabilidade extremamente menor e perdem sua eficácia de maneira muito mais rápida também”.

Por que você não deve usar produtos vencidos
Paola afirma que alguns efeitos colaterais do uso de produtos vencidos são mais prejudiciais do que outros, mas todos produzirão efeitos indesejáveis com o tempo, mesmo que isso signifique apenas que eles se tornaram ineficazes: “O prazo de validade marca o intervalo de tempo que uma fórmula vai manter em termos de estabilidade da fórmula, compatibilidade e conservantes”, diz a médica. Ela ainda acrescenta:

“Depois que você ultrapassa o prazo de validade testado, as fórmulas podem começar a ficar grosseiras e os conservantes, como já não estão no seu melhor potencial de eficácia, podem expor sua pele à contaminação microbiana indesejada. E esta pode levar a qualquer coisa, desde irritação, erupções e, em casos realmente graves, até infecção”.

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material enviado por Dra. Célia Wada CRF-SP 7043

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